USP e Unicamp sobem no ranking mundial, mas Brasil sai dos 200 primeiros – 09/02/2020

USP (Universidade de São Paulo) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) melhoraram sua classificação em um dos principais rankings universitários do mundo, o Times Higher Education, lançado hoje. Mesmo assim, o Brasil não tem uma universidade entre as 200 melhores; a maioria das instituições está ainda abaixo do grupo dos mil primeiros.

Melhor localizada no país neste ranking há pelo menos nove anos, a USP subiu da posição 251-300, no ano passado, para 201-250; de 200, a colocação é feita em grupos. A Unicamp, listada abaixo, passou de 501-600 para 401-500.

Outras 44 instituições brasileiras que figuram na lista, porém, pararam e mantiveram a mesma posição da edição anterior.

Além das melhorias nos rankings da USP e da Unicamp, as únicas mudanças ficaram por conta da entrada de seis instituições no ranking deste ano.

Das universidades estreantes, apenas a UFS (Universidade Federal de Sergipe) aparece no top 10 do Brasil. Os outros cinco – UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), UFMA (Universidade Federal do Maranhão), UFPB (Universidade Federal da Paraíba), UFPI (Universidade Federal do Piauí) e UFU (Universidade Federal de Uberlândia) – estão dentro do intervalo de 1.001+.

Para este ranking da publicação britânica THE, foram avaliadas 1.527 universidades de 93 países e regiões de todo o mundo. Na última edição, foram 1.396 instituições de 92 países. Critérios como ensino, pesquisa, citações, visão internacional e transferência de conhecimento para a indústria são usados ​​como indicadores de desempenho para universidades.

Brasil é o sexto país mais representado

Com 52 instituições na lista, o Brasil é o sexto país mais representado, à frente de países como Itália e Espanha. Os países europeus, por outro lado, têm pontuação mais alta. A melhor instituição espanhola, a Universidade Pompeu Fabra aparece na posição 152. A universidade italiana mais bem localizada é a Universidade de Bolonha, que ocupa a 167ª posição.

Entre as universidades brasileiras que aparecem no ranking, 35 são federais, 11 são estaduais e 6 são privadas.

Em julho deste ano, publicação específica do THE para a América Latina colocou a PUC-Chile (Pontificia Universidad Católica de Chile) à frente da USP e Unicamp. No ranking mundial, a instituição chilena aparece atrás das universidades paulistas, na faixa de 501-600. Isso porque as análises levam em consideração diferentes pesos para um mesmo critério, dependendo do que a publicação julgar mais relevante para a regionalidade.

Melhores do mundo

Os Estados Unidos dominam a lista dos dez primeiros do mundo, mas permanecem fora do topo. Como na edição anterior, o A classificação é realizada pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.. Entre as oito instituições americanas que aparecem no top 10 estão a Stanford University (2ª), a Harvard University (3ª) e o California Institute of Technology (4ª).

Em relação aos 200 primeiros, a maior representação é dos Estados Unidos (59), seguido do Reino Unido (29) e da Alemanha (21).

Pela primeira vez desde que o THE adotou sua metodologia atual para este ranking, em 2011, uma instituição asiática aparece entre os 20 primeiros colocados.

“Há muitos anos vimos a Ásia subir neste ranking mundial, mas este ano é um marco importante, com a Universidade de Tsinghua quebrando o domínio tradicional das universidades ocidentais no topo do ranking, entrando no top 20 pela primeira vez. , ao mesmo tempo em que a China dobra sua representação entre os 100 primeiros ”, afirma Phil Baty, editor responsável pela publicação, segundo o texto oficial do ranking.

A China, que na edição anterior ocupava três posições entre as 100 primeiras do ranking, agora ocupa seis. Além da Universidade de Tsinghua, Universidade de Pequim (23), Universidade de Fudan (70), Universidade de Ciência e Tecnologia da China (87), Universidade de Zhejiang (94) e Universidade de Shanghai Jiao Tong ( 100) aparecem no top 100).

No total, 16 universidades asiáticas estão entre as 100 melhores do ranking, o maior número de instituições da região desde o início da lista.

Nesta edição, o THE não forneceu relatório de análise específico sobre o Brasil ou a América Latina.

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