Batistas no Brasil acolhem refugiados do Afeganistão

Os batistas brasileiros receberam mais de 100 refugiados do Afeganistão na Vila Minhya Pátria, a Vila de Refugiados da Pátria, onde recebem cuidados, aprendem habilidades para prepará-los para residência de longo prazo no Brasil e veem o amor de Cristo em ação.

Após a retirada militar dos EUA do Afeganistão e o Talibã retomar o controle, Human Rights Watch relatou desencadeou uma crise acelerada dos direitos humanos.

Fernando Brandão, diretor executivo do Conselho Nacional de Missões Batistas no Brasil, recebe refugiados afegãos na Homeland Refugee Village. (Foto cortesia)

“Após a tomada do Afeganistão pelo Talibã, sentimos a dor do povo afegão que sofreria novamente com as regras impostas pelo grupo extremista que reconquistou o poder”, disse Fernando Brandão, diretor executivo do Conselho Nacional de Missões Batistas. no Brasil.

Desde setembro passado, o governo brasileiro vistos humanitários concedidos pessoas afectadas por graves e generalizadas violações dos direitos humanos no Afeganistão.

Brandão, que esteve recentemente nos Estados Unidos para participar da reunião anual da Baptist World Alliance, observou o envolvimento dos batistas brasileiros no acolhimento de refugiados após contato de um representante da BWA. O contato da BWA enviou uma carta de uma organização não governamental americana que trabalha no Afeganistão e está procurando locais para receber refugiados.

“Tivemos o desafio de receber um grupo de 89 afegãos”, disse Brandão.

Os batistas no Brasil também responderam a pedidos do escritório do Serviço Social de Guarulhos depois que um número inesperadamente grande de famílias chegou ao aeroporto internacional sem ter para onde ir.

Aceite o desafio pela fé

Os batistas brasileiros concordaram em acolher os afegãos antes que tivessem um lugar que pudesse abrigar as famílias que esperavam receber.

No entanto, um casal ouviu Brandão pregar na Primeira Igreja Batista de Atibaia, em São Paulo. Em seu sermão, ele falou sobre a oportunidade de cuidar de pessoas necessitadas. O casal respondeu ao desafio.


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Um casal forneceu aos batistas brasileiros um empréstimo de propriedade gratuito para abrigar refugiados afegãos. (Foto cortesia de Fernando Brandão)

“Deus já havia despertado seus corações para essa missão em setembro de 2021, quando viram no noticiário a fuga dos afegãos”, explicou Brandão. “O casal tinha um espaço que funcionava como uma espécie de pousada com 82 chalés, restaurante central, área de lazer e toda estrutura necessária. E disponibilizaram toda essa estrutura por meio de um contrato de empréstimo, sem nenhum custo.

“Deus começou a fazer um milagre ali, e tudo se tornou uma confirmação do que ele estava fazendo. O projeto já é uma realidade, e tem sido uma experiência fantástica, ver renascer o sorriso e a esperança em cada família que temos conosco”.

A Vila Minha Pátria, apoiada pela Junta Nacional de Missões e pela Junta de Missões Estrangeiras dos Batistas Brasileiros, recebeu suas primeiras famílias no dia 19 de abril.

Crianças afegãs recebem carinho na Vila Minhya Pátria, administrada por batistas no Brasil. (Foto cortesia de Fernando Brandão)

“Desde então, já recebemos 112 pessoas”, disse Brandão.

Os refugiados não só recebem hospedagem, alimentação e atendimento médico na Vila Minha Pátria, como também aprendem português e participam de aulas sobre cultura brasileira.

“Seis pessoas já deixaram a cidade porque tinham alguns amigos afegãos que trabalhavam em São Paulo”, disse Brandão. “Temos pedidos para receber cada dia mais famílias que chegam a São Paulo.

“A capacidade física da cidade é de 150 pessoas, mas precisamos ter mais pessoas em nossa equipe, para poder atender mais pessoas do que já temos conosco.”

Brandão citou o exemplo de um homem afegão para ilustrar o impacto que o amor cristão em ação está causando nos refugiados. Usando um aplicativo de tradução em seu celular, o homem disse aos batistas da cidade: “Para o meu povo, a religião é mais importante do que as pessoas. Mas para você, as pessoas são mais importantes. Você pode nos amar de uma maneira que nosso próprio povo não poderia.”

‘O que significa viver o amor de Deus’

Os batistas brasileiros veem a chegada de refugiados em seu país como um presente de Deus.

“Deus nos deu o privilégio de cuidar de pessoas que viviam em um país fechado ao evangelho. E, hoje, através da prática diária, comunicamos o que significa viver o amor de Deus”, disse Brandão.

“Cuidar deles é obedecer à direção de Deus para nós. Foi uma experiência de fé. Acreditamos que ainda veremos coisas extraordinárias de Deus. A cada dia eles se tornam mais especiais para nós. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para tornar essa experiência muito especial em suas vidas.”

Depois que os refugiados passam um tempo relativamente curto na cidade, os batistas brasileiros planejam recrutar igrejas, associações e famílias individuais para apoiá-los enquanto recebem orientação, participam de treinamento profissional e trabalham pela independência, explicou Brandão.

“Somos um povo movido pelo amor de Deus, que nos impulsiona a amar o próximo e nos colocar no lugar dele. Oferecer abrigo aos refugiados é compartilhar o amor que nós mesmos recebemos”, disse Brandão. “É cumprir o que a Bíblia diz em receber, acolher e demonstrar amor.”


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About the Author: Adriana Costa

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