Yuan chinês ultrapassa o euro como segunda maior moeda de reserva do Brasil

COMUNICADO DE IMPRENSA

Postado em 4 de abril de 2023

Yuan chinês ultrapassa o euro como segunda maior moeda de reserva do Brasil

de acordo com um reportagem do Beijing Timesna sexta-feira, o Banco Central do Brasil anunciou que o yuan chinês, também conhecido como renminbi, ultrapassou o euro e se tornou a segunda maior moeda de reserva internacional do país. O relatório reflete o aprofundamento dos laços econômicos entre o Brasil e a China, seu maior parceiro comercial.

No final de 2022, a participação do yuan nas reservas internacionais de câmbio do Brasil atingiu 5,37%, superando os 4,74% do euro. O yuan tornou-se uma das moedas de reserva cambial internacional do Brasil em 2019. No entanto, o dólar americano ainda domina as reservas cambiais do Brasil, respondendo por 80,42%.

O uso crescente do yuan no comércio internacional e no investimento contribuiu para sua ascensão como moeda de reserva. A crescente internacionalização do yuan também faz parte dos esforços mais amplos da China para promover o papel global da moeda e reduzir a dependência do dólar americano.

Brasil e China fortaleceram os laços econômicos nos últimos anos, com a China se tornando o maior parceiro comercial do Brasil em 2009. Os dois países também assinaram acordos para aumentar a cooperação em áreas como infraestrutura, energia e tecnologia. A crescente participação do yuan nas reservas cambiais internacionais do Brasil reflete a crescente importância das relações econômicas entre a China e o Brasil.

O relatório do Banco Central do Brasil destaca a importância da diversificação das reservas internacionais para mitigar os riscos. A crescente popularidade do yuan como moeda de reserva oferece ao Brasil a oportunidade de diversificar ainda mais suas reservas internacionais e reduzir sua dependência do dólar americano.

A ascensão do yuan como moeda de reserva internacional faz parte de uma tendência mais ampla de aumento da diversificação da moeda pelos bancos centrais em todo o mundo. A reportagem do Beijing Times ressalta a importância dessa tendência e a crescente importância da China como um parceiro econômico chave para o Brasil.

Nos últimos anos, os bancos centrais de todo o mundo tentaram reduzir sua dependência do dólar americano aumentando suas participações em outras moedas, incluindo o euro, o iene e agora o yuan. Essa tendência reflete as preocupações com a força e a estabilidade do dólar americano no longo prazo, bem como o desejo de diversificar os riscos em várias moedas. O crescente uso do yuan no comércio internacional e no investimento ajudou a aumentar sua atratividade como moeda de reserva. À medida que a influência da China na economia global continua a crescer, também aumentará o apelo do yuan como moeda de reserva internacional.

O relatório do Banco Central do Brasil também reconhece que as reservas internacionais totais do Brasil diminuíram de US$ 362,2 bilhões em 2021 para US$ 324,7 bilhões em 2022 devido a perdas nos rendimentos da carteira em meio a aumentos nas taxas de juros, o Federal Reserve dos EUA e valorização do dólar. A diversificação das reservas internacionais pode ajudar a reduzir os riscos de exposição a qualquer moeda, e a crescente popularidade do yuan como moeda de reserva oferece ao Brasil a oportunidade de diversificar ainda mais suas reservas internacionais.

A reportagem do Beijing Times também destaca a importância da relação econômica entre China e Brasil, tendo a China se tornado o maior parceiro comercial do Brasil em 2009. Nos últimos anos, os dois países firmaram acordos para ampliar a cooperação em áreas como energia, infraestrutura e tecnologia. A crescente participação do yuan nas reservas cambiais internacionais do Brasil reflete a crescente importância dessa parceria e o potencial para a China desempenhar um papel ainda maior na economia brasileira.

A ascensão do yuan como moeda de reserva internacional também pode ter implicações mais amplas para a economia mundial. O dólar dos EUA tem sido a moeda de reserva internacional dominante, respondendo por cerca de dois terços das reservas mundiais. No entanto, à medida que os bancos centrais de todo o mundo continuam a diversificar suas participações, a participação do dólar nas reservas internacionais pode diminuir. Isso pode ter uma variedade de implicações econômicas e geopolíticas, incluindo uma possível mudança no equilíbrio de poder dos EUA para outras grandes economias, como a China. Além disso, o uso crescente do yuan como moeda de reserva pode dar à China maior influência sobre os mercados financeiros globais e a capacidade de moldar a política econômica em escala global.

A ascensão do yuan como moeda de reserva também reflete as ambições mais amplas da China de aumentar sua influência econômica e política no cenário mundial. A China fez investimentos significativos em infraestrutura e tecnologia em países em desenvolvimento, e sua iniciativa Belt and Road visa aumentar a conectividade e a cooperação econômica na Ásia, África e Europa. O aumento do uso do yuan como moeda de reserva pode fornecer à China alavancagem adicional nessas iniciativas e ajudar a consolidar ainda mais sua posição como potência econômica global.

Em conclusão, o relatório do Beijing Times sobre a crescente participação do yuan nas reservas cambiais internacionais do Brasil destaca o aprofundamento dos laços econômicos entre a China e o Brasil, a tendência de diversificação de moedas e as possíveis implicações para a economia global. À medida que o yuan continua a ganhar aceitação no cenário mundial, é provável que se torne uma moeda de reserva ainda mais importante, oferecendo aos bancos centrais de todo o mundo uma alternativa viável ao dólar americano. Essa tendência reflete uma mudança mais ampla na economia global em direção a uma maior multipolaridade, com a China desempenhando um papel cada vez mais importante na formação do cenário econômico e geopolítico.

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