Para minimizar os impactos da falta de equipamento de proteção individual (EPI) no estoque de hospitais e médicos do Distrito Federal na luta contra a covid-19, os voluntários se ofereceram para fabricar materiais de segurança. A Anvisa, por meio do Ministério da Saúde, publicou a Resolução 356 no Diário Oficial da União na última segunda-feira (23), que autoriza a produção “doméstica” do equipamento por 180 dias “, isenta de autorização para operação de uma empresa, notificação Anvisa, bem como outras autorizações sanitárias. “
A medida visa facilitar o fornecimento e fornecimento de itens de segurança para profissionais de saúde. Vale ressaltar que os produtos devem cumprir “os requisitos aplicáveis ao controle sanitário de dispositivos médicos, bem como as normas técnicas aplicáveis”, conforme disposto no artigo I do artigo 3 do documento.
As unidades de saúde do DF devem lidar com o tratamento de 203 casos do novo coronavírus computadorizado – dados atualizados até o momento desta publicação. Do total, existem 161 pessoas em casa e 12 acompanhadas em hospitais, sendo 6 casos graves e 6 em estado crítico. Outros 30 pacientes ainda estão em observação do quadro clínico pelo Departamento de Saúde do DF (SES / DF). Não houve morte e, até o momento, um advogado foi curado da covid-19.
Produção doméstica
Pensando em ajudar seus colegas profissionais de saúde, um dos voluntários é o fisioterapeuta Wagner Andrade, 38 anos, que começou a produzir protetores faciais. “Eu estava tentando ver o que eu poderia fazer para ajudar nessa quarentena. Vi na mídia que o número de casos de coronavírus aumentou e que era difícil obter máscaras. Então comecei a produção com uma impressora 3D que tinha aqui em casa ”, disse ele. Anteriormente, a máquina era usada em um projeto para imprimir dentaduras para pessoas cujos membros eram amputados.
Desde então, no último domingo (22), a produção tem sido intensa na casa dos Wagner, que passou a receber demandas de todos os hospitais da capital federal e de outros estados do Brasil, como Rio de Janeiro e Goiás. A capacidade de montagem diária é de 20 máscaras. “A máquina está ligada 24 horas. É muito bom, mas não tem escala de produção industrial ”, detalhou. A demanda aumentou e sua esposa, Mariana, o ajuda na compra de materiais e montagem. As máscaras são doadas a médicos e hospitais nas redes de serviço público do DF.
O Instituto MeViro também se ofereceu para fabricar máscaras do mesmo tipo para atender às necessidades públicas e privadas. No espaço que leva o mesmo nome da organização, localizado nos blocos 710/711 da Asa Norte, a capacidade diária de produção é, em média, entre 300 e 500 proteções. Usando um cortador a laser, o processo para uma unidade de máscara leva aproximadamente 2,5 minutos.
Trinta reais para pedidos particulares
“Na semana passada, as demandas por máscara facial e máscaras n95 explodiram. Os profissionais de saúde os utilizam praticamente o tempo todo em pacientes com coronavírus ou em casos suspeitos ”, afirmou um dos fundadores do instituto, Marcos Roberto de Oliveira. “Temos uma demanda por cerca de 8.000 máscaras como essas. Fizemos o desenho que ontem [terça-feira, 24] Foi aprovado pelos médicos que solicitaram nos hospitais ”, relatou.
A idéia de produção começou com o surgimento dos primeiros casos de covid-19 no Brasil. “Quando a crise do coronavírus surgiu, pensamos em como poderíamos contribuir”, relatou Marcos. “Começamos a estudar a demanda que os médicos precisavam aqui no Brasil e em outros países”.
Segundo Marcos e Wagner, outro pedido que já aparece nas ordens são os artigos de respiradores, utilizados para a intubação dos pacientes. “Eles são menos urgentes e menos frequentes, mas é outra área em que já estamos investigando como desenvolver e contribuir”, disse Marcos.
Para pedidos particulares, tanto Wagner quanto o Instituto MeViro cobram R $ 30 em subsídio. A maior necessidade neste momento são doações de materiais ou recursos. “O quilo de filamento para suportar a folha de acetato [de 30mm] custa entre R $ 100 e R $ 120 “, exemplificou Wagner.
Saber mais
Para Wagner, os elementos necessários são: filamento ABS; folha de acetato – modelo de 30 mm; e tecido elástico, usado para unir a máscara. Mais detalhes sobre como ajudar, basta entrar em contato no Instagram @ wagner_4ndrade ou ligando para (61) 98118-5102.
Para o Instituto MeViro, as doações podem ser: folhas de vidro PETG / PET, translúcidas, 0,75 mm ou 0,5 mm; Folhas de acrílico branco de 3 mm; e tecido elástico. Mais detalhes sobre como ajudar, como fazer ou que outros materiais doar, visite o site www.meviro.com.br.
As viseiras de proteção facial podem prolongar a vida útil das máscaras cirúrgicas em até um mês. A duração recomendada para o tipo N-95, por exemplo, a duração média é de 3 a 4 dias.