Em uma tentativa cientificamente sólida de aplanar a curva de contaminação por coronavírus no Brasil, fomos aconselhados a manter os internos em casa. A distância social horizontal é a mais eficiente neste momento diante desse desafio coletivo que todos temos que enfrentar.
Quem pode trabalhar remotamente, tenta em casa, em um escritório em casa, mantenha suas atividades profissionais em pleno andamento. Como resultado, um grande número de pessoas fica em quarentena em suas casas.
Eu, professor desde 17 de março, com a interrupção das aulas presenciais, trabalho aqui no meu departamento, preparando aulas, gravando vídeoaulas ou ensinando ao vivo na web. Raramente realizava atividades estritamente necessárias, sempre com segurança, como usar máscara e tentar manter uma distância segura de pelo menos 2 metros de outras pessoas.
Eu tento fazer minha parte. E eu recomendo que você e todos, dentro de suas possibilidades pessoais, colaborem também! Mas admito, porque sinto em minha pele, que trabalhar em casa sem poder “mudar o ar” é bastante estressante.
Uma das coisas que me acalma e me ajuda a “arejar” minha mente, sempre que posso, e independentemente de uma pandemia, é olhar para o céu. Então eu joguei isso publicar A idéia de #astroisolamento, sugerindo que mais pessoas aproveitem a oportunidade para olhar o céu em quarentena, o que pode ser feito com segurança no quintal da casa ou na janela do apartamento, assim como eu, que moramos na terceiro andar, faço minhas observações, embora A janela esteja sempre limitada a uma região restrita do céu.
Hoje escrevo com outra dica para uma observação astronômica super bacana: a lua minguante “encontrará” os planetas Marte, Saturno e Júpiter logo de manhã. Ele até sugeriu observar esses planetas ao nascer do sol neste outro publicar onde publiquei um registro astrofotográfico deles. Mas a Lua, que passou por toda a fase em 7 de abril, anunciou a Páscoa (confira isso. publicar), nasce todos os dias depois. Portanto, desde ontem nasce na região do céu visualmente próxima aos planetas acima mencionados, em um fenômeno astronômico que chamamos de conjunção.
A imagem no topo simula o céu no horizonte leste às 2 da manhã (horário de Brasília) na manhã seguinte para a minha cidade. Mas isso se aplica, para referência, a outros lugares no Brasil com uma aproximação razoável. Abaixo, mostro uma animação com simulações do céu (horizonte leste) entre 14 e 17 de abril, exatamente as datas em que esse curioso “encontro” com o céu pode ser observado.
Você pode começar a olhar para o céu, o horizonte oriental (lado onde o sol nasce), logo após a meia-noite. Desta forma, o nascimento de cada estrela segue. Você também pode acordar mais cedo e, pouco antes do amanhecer, procurar as estrelas que, neste momento mais avançado, estarão bem acima do horizonte. Também é uma boa ideia!
Aqui está a dica! Cuide-se! Cuide da sua! Vamos cuidar um do outro! E boas observações do céu neste período de #astroisolamento!
Um abraço do prof. Dulcide! Física, sabedoria científica e muito cuidado, na linha!
Term O termo “reunião”, no título e no texto desta publicação, é colocado entre aspas. É a coisa mais correta, porque as estrelas só estarão visualmente próximas na mesma região do céu, parecendo se encontrar, mas apenas devido ao efeito de uma ilusão de ótica, porque a olho nu não podemos avaliar a profundidade do campo de visão. Na verdade, as quatro estrelas estão a distâncias muito diferentes daqui na Terra. A Lua, a mais próxima de todas, fica a apenas 390.000 quilômetros de distância. Marte, então, muito mais distante, a pouco mais de 200 milhões de quilômetros daqui. Depois vem Júpiter, a pouco mais de 760 milhões de quilômetros de nós. Finalmente, Saturno, o mais distante, pouco mais de 1,5 bilhão (1,5 bilhões de km) da Terra.
Para saber (e se divertir) mais
- As simulações do céu e as posições das estrelas nesta publicação foram realizadas com o software Stellarium, um planetário de desktop gratuito que você pode baixar em www.stellarium.org.