Você desmaiou, certo? O YouTube diz que você não pode recuperar vídeos falsos de notícias – 26/06/2020

Google, a empresa proprietária da Youtube, diz que não pode recuperar vídeos que foram removidos de sua plataforma. As informações obtidas após questionamento do relatório de Inclinação para a empresa, vem após a denúncia de que milhares de vídeos de ativistas pró-Jair Bolsonaro está sendo apagado.

Os termos de uso do Google, no entanto, sugerem que o processo não é imediato. A empresa comunica em seus termos de privacidade que, mesmo após o usuário excluir seus vídeos do YouTube, esses dados ainda permanecem por algum tempo em seus servidores.

Se não houver cópias, os 3.127 vídeos removidos do YouTube pelos perfis das bolsas de maio a segunda-feira (22), como revelado pelo colunista para Twitter Chico Alves, estaria perdido para sempre.

Muitos dos vídeos deletados por ativistas trouxeram duras críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso. A medida coincide com o andamento da investigação do Tribunal que investiga a produção e disseminação de notícias falsas.

Muitos desses youtubers que excluíram vídeos do YouTube foram alvo de uma ação da Polícia Federal em 27 de maio, que serviu como ordem de busca e apreensão.

“Nossas políticas de privacidade, retenção de dados e exclusão fornecem ao usuário controle total sobre as informações e o conteúdo armazenados em nossas plataformas, e isso inclui a possibilidade de uma remoção completa e segura desses dados de nossos sistemas”, afirmou o Google. , em uma nota para Inclinação.

De acordo com o monitoramento realizado pela empresa Novelo, para a análise dos dados, em maio foram excluídos 1.112 vídeos e em junho 2.015 peças.

É possível que alguns desses vídeos sejam removidos temporariamente apenas do ar, mas ainda estejam disponíveis para os usuários que os publicaram e, portanto, ainda estejam armazenados nos servidores usados ​​pelo YouTube.

Os dados são armazenados por algum tempo.

Na seção “Ativando exclusão completa e segura” De acordo com seus termos de uso, o Google declara que, quando um usuário exclui dados de uma Conta do Google, a empresa primeiro remove o conteúdo da exibição pública. Em seguida, um processo começa a excluir esses dados de maneira “completa e segura”.

“A exclusão completa dos dados de nossos servidores também é importante para a tranqüilidade dos usuários. Esse processo geralmente leva cerca de dois meses a partir da data da exclusão. Isso geralmente inclui um período de recuperação de até um mês, se os dados acidentalmente removido “, diz a empresa.

A página não especifica se existem tratamentos e períodos de exclusão separados para os diferentes tipos de dados e arquivos armazenados nos serviços do Google. Por exemplo, você pode salvar fotos e vídeos no Google Fotos; arquivos de texto, planilhas e slides no pacote do Google Documentos; ou vídeos no YouTube.

Além disso, o Google explica que os serviços da empresa usam armazenamento de backup criptografado como outra camada de proteção para ajudar a recuperar de possíveis desastres. “Os dados podem permanecer nesses sistemas por até seis meses”, diz a empresa.

O Google, no entanto, não explicou ao relatório se os dados excluídos poderiam ser recuperados no caso de uma decisão judicial.

E se a recuperação for impossível?

Segundo o advogado Mauricio Tamer, especialista em direito digital e professor de direito da Mackenzie, se é tecnicamente impossível recuperar os vídeos, mesmo que o tribunal tenha enviado uma ordem para “recuperar” ou “disponibilizar o conteúdo”, isso não poderia ser feito. nada.

“Portanto, a preservação de todo o conteúdo pela parte reclamante é muito importante em qualquer caso. Se houver uma exclusão, a prova será realizada. Um documento ‘impresso’ ou autenticado garante que uma pessoa, mesmo que a publicação seja excluída depois, você pode responsabilizar o autor do conteúdo “, explicou.

Justiça pode pedir experiência

Apesar de terem removido os vídeos do YouTube, os ativistas ainda podem ter esse material em seus computadores ou armazenado em algum servidor HD ou outro que não o Google.

Nesse caso, segundo a advogada Gisele Truzzi, especialista em direito digital, proprietária do Truzzi Advogados, o juiz pode determinar que a parte apresentará esse conteúdo removido em juízo.

“O juiz pode exigir que uma revisão especializada seja realizada no material digital original para demonstrar a autenticidade e integridade do conteúdo, se a parte citada ainda tiver armazenado o conteúdo excluído em algum lugar”, explicou ele.

O conteúdo pode ser salvo por terceiros

Ainda há uma chance de o conteúdo removido do YouTube por ativistas de bolsa ter sido salvo por outra pessoa, por exemplo, o influente Felipe Neto diz que “está trabalhando duro”. Nesse caso, os vídeos ainda podem ser usados ​​como prova no tribunal.

“Não há impedimentos para que eles sejam usados ​​como evidência. Mas eles são muito mais frágeis do que o original, porque podem ser alterados, por exemplo”, explicou Tamer.

O juiz pode exigir que o conteúdo não seja removido

O juiz também pode ordenar que uma rede social ou site específico não remova certos tipos de conteúdo. Foi o que fez o ministro do STF, Alexandre de Moraes, que determinou que as mensagens parlamentares sobre manifestações antidemocráticas não podem ser excluídas e, consequentemente, perdidas na rede social em que foram publicadas.

Moraes fez um pedido especial endereçado ao Twitter, onde vários parlamentares bolonares fizeram comentários e manifestações antidemocráticas realizadas em 19 de abril de Eles são o foco principal da investigação iniciada pelo Ministério Público da República (PGR).

Posição de outras redes sociais.

O Twitter foi contatado para dizer se o conteúdo removido da plataforma pode ser recuperado posteriormente, mas apenas um foi encaminhado link para diretrizes da empresa para aplicação da lei.

“Depois de desativar uma conta, há um curto período de tempo para acessarmos as informações da conta, incluindo Tweets. O conteúdo removido pelos titulares de contas (por exemplo, Tweets) geralmente não está disponível”, diz o documento.

O Facebook, que também é responsável pelo Instagram, se recusou a comentar.

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