Vivo anuncia DSS 5G no Brasil: veja quando sua operadora ativará o serviço – 16/07/2020

As operadoras de telecomunicações estão começando a corrida pela liderança na cobertura da Internet móvel de quinta geração (5G) no país, com a ativação do sinal iniciando este mês nas maiores capitais. Este é um passo importante para avançar na digitalização da sociedade, com uma conexão que promete ser aproximadamente dez vezes mais rápida que a 4G.

A popularização do acesso a novas tecnologias ainda levará de dois a três anos. Para que isso seja realidade, é necessário realizar o leilão de frequências da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), previsto para 2021. O leilão é considerado essencial para dimensionar a nova tecnologia, pois determinará as frequências específicas para o 5G. Depois disso, vem a disseminação das redes pelas operadoras e o baixo custo dos telefones celulares e outros dispositivos. Não é um processo rápido.

A espanhola Telefônica, proprietária da Vivo, anunciou ontem que ativará o 5G em oito cidades a partir do dia 24 (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Goiânia, Curitiba, Curitiba e Porto Alegre). A iniciativa colocará a empresa na liderança da cobertura 5G em várias cidades do país. A mexicana Claro (do grupo América Móvil) foi pioneira na ativação do sinal nesta semana e, por enquanto, só terá atendimento em São Paulo e Rio de Janeiro. Janeiro, mas com planos de atingir mais bairros que a Vivo.

O TIM italiano será lançado em setembro, mas fora das capitais. A operadora ativará suas primeiras redes comerciais em menor escala, nas cidades de Bento Gonçalves (RS), Itajubá (MG) e Três Lagoas (MS). Por sua vez, a Oi, em recuperação judicial, ainda não tem uma data definida para ativar o 5G. Solicitada pelo relatório, a empresa afirmou em nota que pretende fazer isso antes do leilão da Anatel.

Popularização

As estratégias dos operadores têm em comum a adoção da tecnologia DSS (Dynamic Spectrum Sharing ou Dynamic Spectrum Sharing). Basicamente, isso envolve o empréstimo de uma “parte” das frequências atualmente destinadas a 4G para 5G.

As frequências são como “estradas” através das quais os sinais viajam. Graças a essa mudança, as empresas de telecomunicações puderam antecipar a oferta da nova geração de internet móvel. Para que o cliente da operadora acesse a rede 5G, basta entrar em uma área de cobertura e seu telefone celular mudará automaticamente de 4G para 5G, desde que o dispositivo tenha esse recurso.

No entanto, a adoção do DSS fornecerá ao usuário apenas uma velocidade de 5G, mas não outros benefícios da nova tecnologia, como a conexão de latência muito baixa, um nome técnico dado ao tempo de resposta dos dispositivos conectados. Este é precisamente um dos pontos que o 5G promete revolucionar a sociedade, gerando novas aplicações, como os carros sem motorista esperados.

“Hoje, você não pode confiar em um carro autônomo, porque um atraso na resposta à frenagem pode representar uma colisão ou um atropelamento”, diz o consultor e ex-presidente da Anatel, Juárez Quadros. “Portanto, o leilão da Anatel permanece atraente e necessário. O DSS não resolve o problema.”

Apesar das limitações do DSS neste primeiro momento, a iniciativa das operadoras foi importante, avalia Eduardo Tude, proprietário da consultoria Teleco, especializada no setor. Para ele, a estréia servirá para as operadoras avaliarem a qualidade do sinal em uma escala maior do que os testes em redes fechadas. Compatibilidade. Outro fator que inibe a popularização do 5G no curto prazo é a falta de telefones capazes de executar a nova tecnologia. Oficialmente, existe apenas um modelo no Brasil preparado para o 5G, que é o Motorola Edge. Lançado no início do mês, o aparelho custa R $ 5,5 mil. Lá fora, fabricantes como Samsung e Huawei já possuem modelos 5G. A Apple também deve lançar um iPhone com a tecnologia este ano.

“O lançamento do 5G é marcado por produtos ‘premium’, com um preço que não é inicialmente acessível aos consumidores”, diz o analista de mercado da IDC Brasil, Renato Meireles. Os dados da consultora mostram que o ticket médio para smartphones no Brasil é de R $ 1.400, enquanto os celulares de última geração, com valor superior a R $ 5.000, têm participação de mercado de apenas 8%. “É uma parcela pequena. Ainda levará tempo para o 5G se estabelecer no mercado e o preço dos dispositivos cairá”, prevê ele.

No entanto, para Tude, do Teleco, a chegada da tecnologia pelas operadoras incentivará o desenvolvimento do mercado de dispositivos conectados ao 5G; Além dos smartphones, a lista pode incluir roupas, drones, eletrodomésticos, residências e linhas industriais, entre muitos outros.

A informação é do jornal. O estado de S. Paulo.

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