Esculpindo seu caminho através de um local de floresta tropical exuberante, a casa na copa da árvore Casa Açucena é um exemplo espetacular de arquitetura integrada à natureza. A nova casa foi projetada pelo estúdio Tetro, de Belo Horizonte, fundado pelos arquitetos Carlos Maia, Débora Mendes e Igor Macedo. Localizada em um terreno de forte declive na região de Nova Lima, no estado de Minas Gerais, sudeste do Brasil, a Casa Açucena está inserida na floresta.
Casa Açucena: uma casa na copa da árvore por Tetro Arquitetos
A Casa Açucena ergue-se sobre palafitas esguias que descem a encosta, cuidadosamente intercaladas entre as árvores e arbustos existentes. Os arquitetos descrevem o projeto como “uma resposta a uma leitura sensível do terreno”.
A planta baixa reflete isso, tecendo entre as maiores árvores do terreno, com quartos dispostos em ângulos para maximizar as melhores vistas através do dossel da floresta. No ponto mais alto do terreno, uma garagem e uma estrutura auxiliar levam a uma acomodação secundária no nível principal abaixo, abrindo para um grande terraço que leva ao corpo principal da casa.
Portas de vidro deslizantes conduzem diretamente a uma área de estar, cozinha e sala de jantar em plano aberto, com árvores existentes se entrelaçando com a arquitetura na borda da sala. Uma ‘ponte’ de estudo leva a dois quartos, incluindo a suíte master, enquanto um quarto adicional e uma sala de estudo estão localizados no nível mais baixo, acessados por uma escada em espiral de aço laranja.
O deck principal também incorpora uma piscina em forma de diamante, elevada acima das copas das árvores e oferecendo uma visão do corpo principal sinuoso da casa. A casa é pintada de branco, em cima de colunas pretas, criando a ilusão de uma estrutura flutuante que serpenteia pelo dossel. Um telhado verde ajuda a camuflar a estrutura de cima, enquanto as clarabóias facetadas são posicionadas acima dos espaços principais para adicionar altura e atrair a luz do sol.
Os arquitetos descrevem essa justaposição como se a casa fosse uma “flor branca no meio da natureza”, e decisões de design como a dispersão aparentemente aleatória de colunas aumentam a sensação orgânica.
‘Nosso entendimento inicial era que a arquitetura deveria se adequar ao terreno, e não o contrário’, dizem os arquitetos, ‘o programa se configura como um equilíbrio harmonioso entre arte e natureza, ocupando os espaços vazios entre as árvores, sem retirar nenhum ou alterando a topografia.’