SÃO PAULO – Em um ano marcado pela pandemia do coronavírus, o mais recente ranking das cidades mais caras para se viver no mundo, da revista inglesa O economista Teve algumas variações no último estudo de 2020, realizado em março. A nova pesquisa mostra como a pandemia afetou os preços de bens e serviços em mais de 130 cidades durante o segundo semestre de 2020.
Paris, capital da França, e Zurique, capital da Suíça, aderiu Hong Kong, na China, para completar o trio de cidades empatadas com o maior custo de vida. Eles substituíram as cidades-estados de Cingapura e Osaka, no Japão, observa o estudo de The Economist Intelligence Unit.
O relatório indica que o salto das capitais europeias na lista, Paris e Zurique, se explica, em parte, pelo fortalecimento do franco suíço e do euro. “A pandemia de Covid-19 fez com que o dólar americano se enfraquecesse, enquanto as moedas da Europa Ocidental e do Norte da Ásia se fortalecessem, o que por sua vez mudou os preços de bens e serviços”, disse Upasana Dutt, chefe da divisão. . Custo de vida mundial The Economist Intelligence Unit Sobre o relatório.
As principais cidades da Ásia, especialmente as grandes metrópoles dos “Tigres Asiáticos” (Hong Kong, Coréia do Sul, Cingapura e Taiwan) dominaram as classificações anteriores e sofreram muito com as reformulações que a pandemia causou nos mercados domésticos. Cingapura, agora em quarto lugar no ranking geral, tem visto os preços domésticos cair devido ao êxodo de trabalhadores estrangeiros do país e aos impactos da pandemia na economia local, segundo o relatório.
“Com a população geral da cidade-estado contraindo pela primeira vez desde 2003, a demanda caiu e a deflação começou. Osaka viu tendências semelhantes, com os preços ao consumidor estagnados e o governo japonês subsidiando custos como o transporte público. ”Osaka, no Japão, divide o quinto lugar com Tel Aviv, a capital de Israel.
Ainda na comparação com o estudo de março, as cidades mais caras para se viver nos Estados Unidos caíram no ranking. Nova York perdeu uma vaga e ficou em sétimo lugar, empatada com Genebra, na Suíça. Na costa oeste, Los Angeles caiu para a nona colocação, junto com Copenhague, capital da Dinamarca.
Dê uma olhada nas 10 cidades mais caras do mundo, de acordo com a revista inglesa O economista:
1ª | Paris França) |
1ª | Zurique, Suíça) |
1ª | Hong Kong, China) |
4º | Singapura, Singapura) |
5 ª | Osaka, Japão) |
5 ª | Tel Aviv, Israel) |
7º | Nova York, EUA) |
7º | Genebra Suíça) |
9º | Los Angeles (EUA) |
9º | Copenhague, Dinamarca) |
Movimentos relevantes; Cidades brasileiras perdem posições
Levando em consideração os últimos 12 meses, a capital iraniana Teerã foi a que teve o maior salto de posições no ranking. Subiu 27 lugares, passando de 106 para 79.
De acordo com o estudo, houve aumento de bens e serviços no país devido ao impacto das sanções americanas, que afetaram a oferta e elevaram os preços da maioria dos produtos importados. A capital Teerã foi particularmente atingida pelas sanções, segundo o relatório.
Em outras cidades, as ações diretas do governo provocaram alterações nos preços e, consequentemente, fizeram com que as cidades caíssem no ranking. É o caso da Argentina, por exemplo, onde o governo local impôs novos controles de preços, em meio à alta demanda de compradores em pânico.
Entre as maiores e mais caras cidades da América do Sul, Buenos Aires aparece apenas à frente de Caracas, capital da Venezuela. A capital argentina está atrás das grandes metrópoles latinas, como Quito, no Equador, Assunção, no Paraguai, Montevidéu, Uruguai e as cidades brasileiras de São Paulo e Rio de Janeiro.
Embora as cidades brasileiras estejam à frente da capital argentina, o Brasil, representado por São Paulo e Rio de Janeiro, caiu muito no ranking geral. As cidades empataram na 119ª posição geral, depois de perder 23 vagas em comparação com o estudo no início deste ano.
Assolada pela guerra, Damasco, na Síria, é a cidade com o menor custo de vida entre as listadas. Eles são seguidos por Tashkent, no Uzbequistão, Lusaka, na Zâmbia, e Caracas, na Venezuela.
Reflexões sobre a pandemia e a metodologia de estudo
O estudo afirma ainda que a mudança drástica no estilo de vida dos cidadãos das grandes cidades desempenhou um papel fundamental na alteração e oscilação dos preços gerais.
Globalmente, a queda no custo de vida acompanhou a dos preços de roupas e calçados, já que as pessoas isoladas e em quarentena pararam de comprar peças novas. O aumento do trabalho remoto, por outro lado, provocou um salto na compra de eletrônicos, cujos preços aumentaram fortemente e contribuíram para elevar o custo de vida em algumas cidades.
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