Toffoli nega apelo de Witzel para adiar julgamento do STJ | Rio de Janeiro

A sentença no STJ será no Juizado Especial do Tribunal, formado pelos 15 ministros mais antigos da Câmara. No total, o STJ conta com 33 cadeiras. Na avaliação dos técnicos do STJ, são necessários 10 dos 15 votos (quorum de 2/3) para que Witzel permaneça fora do cargo. O presidente do STJ vota apenas em caso de empate.

Valdo Cruz comenta decisão de Toffoli de negar recurso de Witzel para adiar julgamento do STJ

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A destituição de Witzel é válida por 180 dias e foi determinada pelo ministro do STJ, Benedito Gonçalves, a pedido da Procuradoria-Geral da República em Operação Tris In Idem. A força-tarefa, lançada na semana passada, apura irregularidades e desvios na saúde do estado.

Para solicitar o adiamento do julgamento, a defesa de Witzel argumentou que não haveria tempo para o STJ julgar a matéria antes que o STF aprecie o recurso.

Isso porque, argumentam os advogados, na terça-feira a notificação foi enviada ao Superior Tribunal de Justiça e à Procuradoria-Geral da República para prestar informações sobre o assunto.

Segundo Toffoli, os argumentos da defesa não justificam a intervenção do STF.

“Observo que a premissa invocada para suspender a sentença colegiada do referendo sobre a decisão da medida provisória de destituição da autora não tem validade jurídica para autorizar este Supremo Tribunal Federal a intervir na organização jurídico-administrativa do Superior Tribunal de Justiça, soberano em a condução das diretrizes do regimento da concorrência ”, afirmou o presidente do STF.

Os ministros declaram-se deficientes

No total, quatro ministros do STJ se declararam inválidos e, portanto, não participarão do julgamento do caso Witzel.

Os quatro ministros são:

  • Felix Fischer (tem um ex-assessor no caso);
  • João Otávio de Noronha (já declarou impedimento em pedido de liberação de Edmar Santos, ex-secretário de Saúde do Rio e denunciante do suposto esquema de desvio de recursos para fazer frente à pandemia);
  • Herman Benjamin (conhece advogados trabalhando em outros casos Witzel);
  • Jorge Mussi (um funcionário do escritório estaria próximo do advogado no caso).

Os quatro serão substituídos por: Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira, Villas Bôas Cueva e Marco Buzzi.

VÍDEOS: Veja notícias sobre a saída de Witzel

A ausência de Witzel é válida por 180 dias e foi apurada a pedido da PGR na Operação Tris In Idem, que apura irregularidades e desvios na saúde.

O governador nega ter cometido qualquer crime e “contestou” na sexta-feira que os investigadores apresentassem provas contra ele.

A medida cautelar visava coibir sua suposta liderança sobre a organização criminosa que promoveu o desvio de recursos da saúde no estado e também os impactos da “engenharia criminal” nos cofres públicos do Rio de Janeiro.

O PGR chegou a pedir a prisão do governador, mas o pedido foi negado pelo STJ, que entendeu que o afastamento é suficiente para tentar impedir a ação criminosa.

Witzel também foi denunciado ao STJ pelo Ministério Público.

REMOÇÃO DE WILSON WITZEL

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