Suprema Corte do Brasil decide que o Acordo de Paris é um tratado de direitos humanos

Pessoas caminham pelo Oceano Atlântico na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, Brasil. As mudanças no clima do Rio, incluindo temperatura e aumento do nível do mar, são projetadas para serem as mais severas de qualquer cidade sul-americana, de acordo com a Rede de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Urbanas. Imagens de Mario Tama/Getty

A Suprema Corte do Brasil decidiu que o Acordo de Paris, tratado internacional adotado em 2015 para limitar o aquecimento global a 2°C ou, preferencialmente, 1,5°C, é um tratado de direitos humanos que deve prevalecer sobre as leis nacionais. O Brasil é o primeiro país a declarar tal decisão.

No caso PSB et ai. v. Brasil (sobre o Fundo Climático) (ADPF 708), a Suprema Corte brasileira declarou que o Acordo de Paris é um tratado “supranacional” de direitos humanos. O caso foi movido por quatro partidos políticos (Partido dos Trabalhadores, Partido Socialismo e Liberdade, Partido Socialista Brasileiro e Rede de Sustentabilidade) depois que o governo não distribuiu dinheiro do Fundo Nacional do Clima (Fundo Climático) desde 2019. O fundo foi criado inicialmente em 2009.

Uma sessão do Supremo Tribunal Federal do Brasil em 2018. EVARISTO SA / AFP via Getty Images

O governo brasileiro argumentou que o Fundo Climático não era protegido constitucionalmente e que a interferência judicial violaria a separação de poderes do país.

O Supremo Tribunal Federal governou, “Os tratados de direito ambiental são uma espécie de tratados de direitos humanos e, portanto, gozam de status supranacional. Portanto, não há opção legalmente válida para simplesmente omitir o combate às mudanças climáticas.”

A decisão também significa que qualquer lei feita pelo governo brasileiro será inválida se contradizer o Acordo de Parise violar esta decisão ou o Acordo de Paris é uma violação da constituição e dos direitos humanos do país.

“O dever constitucional de alocar recursos efetivamente significa que existe o dever de mitigar as mudanças climáticas levando em consideração os compromissos internacionais no âmbito das mudanças climáticas”, case box do Sabin Center for Climate Change Law da Columbia University. explicou.

O Supremo Tribunal Federal do Brasil julgará em breve mais dois casos climáticos, um defendendo a implementação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia e outro argumentando que o governo não administrou o Fundo Amazônia. O financiamento para a Amazônia diminuiu constantemente desde que Jair Bolsonaro assumiu o cargo. Tempo Home Notícias Reportadas.

O Brasil é consideradomuito insuficiente‘ em suas ações climáticas para cumprir as metas do Acordo de Paris, sendo o desmatamento sua principal fonte de emissões, seguido pela agricultura. Todas as coisas sendo iguais, o Brasil contribuiria para um aquecimento estimado de 4°C. Mesmo se fosse para implementar plenamente as políticas atuais, o Brasil só atingiria uma meta de aquecimento de 3°C.

Mas a decisão pode ajudar a garantir que mais políticas climáticas sejam implementadas adequadamente com base nos direitos humanos. A afirmação em PSB et al. v. O Brasil (no Fundo Climático) também poderia criar um impacto duradouro fora do Brasil.

Caio Borges, gerente de portfólio de direito e clima do Instituto Clima e Sociedade (iCS) no Brasil, disse ao Climate Home News sobre a decisão: “Ter um tribunal constitucional qualificando o Acordo de Paris como um tratado de direitos humanos pode estimular um movimento global de cortes de cabelo. terno nesse reconhecimento.”

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