Joel Kiilu, capitão da equipe nacional de handebol dos Surdolímpicos, treina no Estádio Nacional Nyayo antes dos Jogos Olímpicos de Surdo no Brasil. [Kelly Ayodi, Standard]
O capitão da seleção de surdos masculinos do Quênia, Joel Kiilu, diz que sua missão na 24ª Olimpíada para surdos no Brasil é chegar ao pódio.
O patrão está confiante de que o país vai melhorar sua quinta colocação no ranking feito no Brasil há quatro anos no Mundial de Surdos.
“Na última vez que competimos no país sul-americano estávamos crus, não tínhamos habilidades, mas até agora a equipe melhorou na tática”, disse Kiilu.
O zagueiro de 28 anos diz que espera superar todos os seus adversários, especialmente a Croácia, que é a atual campeã mundial.
O Quênia está no Grupo A junto com Brasil, Alemanha, Sérvia e Camarões. A Croácia está no Grupo B junto com Turquia, Dinamarca, Venezuela e Gana.
“Sabemos que nossos oponentes são muito habilidosos, experientes, mas novamente estamos prontos para eles com base no nível de treinamento que tivemos no campo”, disse Kiilu.
Além da seleção, Kiilu também é capitão do Nairobi Kaloleni Young Cobra Handball Club.
Por meio de uma elaborada sessão de treinamento de duas semanas no Estádio Nyayo, em Nairóbi, sob o comando do técnico Frederick Omole, Kiilu acredita que o Quênia é capaz de derrotar os anfitriões Brasil e Camarões com facilidade depois de estudar a oposição.
“Entre as táticas que aprendemos nos treinos estão fintas, arremessos e criação de uma defesa forte. Antes de nossa partida para o Brasil, vamos nos concentrar em fortalecer nossa defesa lateral”, disse Kiilu.
O otimista Omole tem muita fé no elenco de 15 jogadores que ele cortou dos 24 iniciais que foram convocados.
“Quando começamos a treinar, 14 dias atrás, os jogadores não tinham uma boa coordenação porque não tinham gelificado. O bom é que eles conseguiram encontrar seu ritmo rapidamente, pois já haviam tocado juntos antes.
“A equipe agora está em boa forma e isso nos deixou otimistas para um grande show no Brasil”, disse Omole.
A estratégia de Omole no Brasil é vencer dois jogos em seu grupo, o que considera muito difícil.
“Esse é o objetivo mínimo que nos propusemos nos campeonatos, chegar ao quadro de medalhas será uma vantagem para nós”, disse.
Para conseguir esse feito, Omole submeteu os jogadores a se concentrarem na defesa e no trabalho de velocidade que ele acredita que os colocará no mesmo nível de outras potências mundiais.
“Uma boa defesa e um jogo rápido devem dar-nos as vitórias necessárias”, disse o treinador.
Em sua própria análise de seu grupo, Omole acredita que Alemanha e Brasil serão muito difíceis de serem batidos, mas se sente à vontade para vencer os demais rivais de seu grupo.
Antes de sua partida, Omole diz que ajudará a solidificar ainda mais a equipe, orientando os jogadores por meio de movimentos, habilidades, coordenação e ritmos táticos.
“Vou levá-los a aulas de natação para ajudá-los a fortalecer os músculos das mãos e das pernas. A natação também ajuda os jogadores a se refrescarem após um treino intenso.
“Também vamos envolvê-los em algum trabalho de ginástica”, disse ele.
A maior barreira da equipe é a falta de uma liga na qual os jogadores possam medir seu poder, mas Omole insiste que não participará de nenhum amistoso para protegê-los da pandemia de Covid-19.
O estrategista sugere que as equipes surdas se juntem às ligas da Federação de Handebol do Quênia para jogar ao lado de outras e melhorar seu jogo.
“Isso vai garantir que haja continuidade e desenvolvimento de talentos entre os surdos, especialmente depois de vir de um grande evento como os Deaflympics”, disse ele.