O secretário de Educação da cidade de São Paulo, Bruno Caetano, disse que é “muito provável” que as aulas na capital não retornem no dia 8 de setembro, conforme planejado pelo governo de São Paulo. Em entrevista à “GloboNews”, ele afirmou que ainda não foi estabelecida uma nova data e que já foi decidido que não haverá reprovação dos alunos este ano.
“Ainda não foi marcada uma data, o prefeito Bruno Covas já disse que as aulas voltam na capital somente quando o Departamento de Saúde entende que é seguro. Então, se for 8, a saúde tem tem que dar autorização, mas pode e muito provavelmente não será no dia 8 “, afirmou.
“A Secretaria de Educação continua se preparando para quando a Saúde autorizar que tudo esteja em ordem, seja com a contratação de professores de emergência, professores temporários ou com novos protocolos de limpeza, a questão pedagógica e também a aquisição de vagas na rede privada “acrescentou Caetano, lembrando que a cidade mantém seu plano de” comprar “vagas no sistema escolar privado.
O secretário da cidade também explicou por que a administração de Bruno Covas (PSDB) decidiu não deixar os alunos no ano letivo atual. A decisão faz parte de um plano de reforço escolar que durará até o final de 2021.
“A secretaria trabalha em um ótimo programa de tutoria escolar. Então, primeiro momento: quando as aulas presenciais voltarem, um teste será aplicado para nos informar o que os alunos aprenderam e o que não aprenderam. Com base no resultado, calibraremos um ótimo programa de recuperação e reforço que acontecerão durante este ano e no próximo “, afirmou Caetano.
“É por isso que não há razão para fracassar este ano, já que a recuperação ocorrerá em dois anos”, concluiu o secretário.
Medidas de retorno
A secretária também observou que já existe um protocolo rigoroso por escrito para um possível retorno às aulas presenciais, com distribuição de kits aos alunos, uso de máscaras, xícaras e canecas para que esses materiais não sejam compartilhados.
“Um protocolo muito rigoroso já escrito, limpeza de escolas, aumento de contratos de limpeza e até distribuição e kits individuais para cada um de nossos alunos, que conterão máscaras, gel de álcool, sabão e um copo, um copo para que as crianças não compartilhem esses materiais dentro da escola “, afirmou.
Retorno depende do andamento do Plano de São Paulo
A confirmação da reabertura das escolas em 8 de setembro depende da permanência de todas as cidades do estado em fase amarela (fase 3) do plano de relaxamento econômico, o chamado Plano São Paulo, por pelo menos 28 dias. Segundo o governo, todo o estado retomará as aulas presenciais no mesmo dia.
Na fase amarela de reabertura da economia, shoppings, bares, restaurantes e lojas de varejo podem operar com restrições.