O Papa Francisco disse na quarta-feira que seu predecessor, o ex-Papa Bento XVI, está “muito doente”.

“Gostaria de pedir a todos uma oração especial pelo Papa Emérito Bento, que, em silêncio, está sustentando a Igreja. Lembremo-nos disso”, disse o Papa Francisco.

“Ele está muito doente, pedindo ao Senhor que o console e o sustente neste testemunho de amor à Igreja, até o fim”.

Em 2013, Bento XVI se tornou o primeiro papa a renunciar desde a Idade Média.

O que o Vaticano disse sobre a saúde do ex-papa?

Um porta-voz do Vaticano disse que a condição do ex-papa piorou nas últimas horas e que o papa Francisco foi vê-lo.

O Vaticano disse que a condição de Bento estava “sob controle” e que ele estava recebendo atenção médica constante.

Reinhard Marx, arcebispo de Munique e Freising, disse que estava se unindo ao Papa Francisco em oração.

“Quando o Santo Padre Francisco nos disser para nos unirmos em oração, nós o faremos hoje, especialmente com os jovens cristãos”, disse Marx.

Ele foi o primeiro papa alemão em 500 anos.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, “deseja boa recuperação ao papa emérito e envia-lhe seus pensamentos”, disse a porta-voz do governo, Christiane Hoffmann.

Quem é o ex-papa Bento XVI?

Nascido Joseph Ratzinger no estado da Baviera, no sudeste da Alemanha, ele se tornou o líder da Igreja Católica em 2005.

O ex-papa de 95 anos vive no Vaticano. Bento XVI citou o declínio de sua saúde como o motivo de sua renúncia em 2013.

Ao tomar posse em 2005, descrevia-se como um “simples e modesto trabalhador da vinha do Senhor”. Ele foi o primeiro Papa da história a dar uma entrevista na televisão e divulgar sua mensagem pelo Twitter, fundado em 2006. Ele também foi chamado de “Papa Verde” por trazer à tona as questões ambientais e chamar para proteger “o habitat que nos sustenta. Benedict também criticou “a crueldade do capitalismo que degrada o homem à mercadoria”.

O ex-papa também era um conservador ferrenho em questões religiosas. Ele enfrentou várias controvérsias, incluindo escândalos de abuso sexual envolvendo a Igreja Católica. No início deste ano, ele admitiu ter dado falso testemunho em uma investigação na arquidiocese de Munique, que disse não ter sido intencional.

Bento XVI pediu desculpas pelos escândalos que surgiram dentro da igreja e expressou “profundo remorso”, mas negou qualquer irregularidade pessoal.

sdi/dj (Reuters, AFP, AP, dpa)