Rosane Zelmanovitz representa o Brasil em grande estilo – Indianápolis Monthly

Cônsul Honorário do Brasil em Indiana Rosane Zelmanovitz

Você é conhecido por sua aparência elegante e ousada. Onde você está indo nesta?

A Ópera Indy ou um dia no escritório. A sala de reuniões não precisa ser chata.

Você cresceu no Rio Grande do Sul, o “estado irmão” de Indiana no Brasil. A maior diferença entre a moda brasileira e a americana?

Brasileiros, tanto homens quanto mulheres, se vestem mais, com acessórios de última geração. Aqui é mais tranquilo.

Qual foi a primeira coisa que despertou seu interesse pela moda?

Meus pais eram da classe trabalhadora, trabalhavam das 9 às 8 no varejo. Sou filha única, então minha tia cuidava de mim com frequência e estava muito na moda, diferente da minha mãe. Lembro que essa tia sempre teve unhas vermelhas, e quando ela tinha 6 anos, perguntei a ela: “O que são essas?” Herdei dela um casaco de pele do 60 que ainda tenho comigo.

Como você incorpora a moda brasileira em seu próprio guarda-roupa?

Curiosidade: a última vez que comprei algo novo foi em 2016. Desisti de comprar algo novo, não por sustentabilidade, mas porque gosto de coisas únicas. Não quero ter a última coleção da Zara. Eu quero ser eu mesmo. Então eu tenho comprado de segunda mão e vintage. A única exceção que faço é quando viajo. Toda vez que vou ao Brasil, que geralmente é todo ano, compro algo de designers locais.

Parabéns por ter sido recentemente nomeado Cônsul Honorário do Brasil em Indiana! O que exatamente um cônsul faz?

Eu sou um elo para a comunidade brasileira aqui, que está crescendo. É incrível ouvir alguém em um supermercado em Indy falando português! Meu trabalho é ajudar as pessoas que precisam de informação ou apoio emocional: alguém que perdeu o emprego e não sabe o que fazer, alguém que se muda de uma cidade para outra, alguém que perdeu o cônjuge. Muitos estão lutando durante a pandemia do COVID-19. Também promovo a cultura brasileira e ajudo Indiana a atrair investidores brasileiros.

Por que Indiana é um lugar tão popular para os brasileiros se mudarem?

Muito disso se deve a grandes empresas como Eli Lilly, Roche, Rolls-Royce e Cummins, que atraem muitos executivos bem qualificados. Algumas pessoas vêm para fazer doutorado e ficam porque recebem boas ofertas de emprego. Mas também, muitos estudantes do ensino médio passam por programas de intercâmbio e obtêm bolsas de estudo para frequentar a universidade aqui. É um grupo tão diversificado. Conheci pessoas em Indiana dos 27 estados do Brasil.

Dos seus primeiros meses como cônsul honorário, você tem alguma lembrança especial?

Meu maior destaque foi quando o governo federal dos EUA enviou 2,3 ​​milhões de vacinas AstraZeneca COVID-19 para o Brasil. Como o laboratório faz as vacinas em Ohio, o aeroporto mais próximo era Indy, então trouxeram as doses para cá. Foi um momento de muita emoção. Eu estava lá apenas para supervisionar o processo, mas senti que estava fazendo alguma coisa.

Cônsul Honorário do Brasil em Indiana Rosane Zelmanovitz

Ele não é apenas o Cônsul Honorário do Brasil em Indiana, mas também atua como Presidente da Partners of the Americas desde 2017 e colaborou com o Centro Internacional para ajudar famílias brasileiras que se mudaram para Indy. Isso é um grande compromisso! Por que o relacionamento brasileiro-americano é tão importante para você?

Quando conheci meu marido em nosso primeiro encontro, um encontro às cegas, ele disse: “Tenho essa fantasia de vender meu negócio antes dos 40 anos e me mudar para os EUA porque acredito nos ideais do país: o sonho americano, a liberdade , empreendedorismo. .” Isso foi em 1996. Eu disse a ele: “Você não deveria chamar isso de fantasia. Você deve chamar isso de sonho para poder trabalhar para torná-lo realidade.” No dia seguinte, ele me diz: “Devemos nos casar e nos mudar para os Estados Unidos”. Em 2001, mudamos para cá por apenas um ano, depois voltamos para o Brasil. Voltamos em 2005 sabendo que ficaríamos para sempre. Tenho uma forte ligação emocional com os EUA e tem sido a terra de oportunidades não só para nós, mas também para muitos brasileiros. Especialmente aqui em Indiana. Eles vêm por segurança, segurança.

O que você gostaria que os Hoosiers soubessem sobre o Brasil?

Os americanos em geral tendem a pensar no Brasil como a terra do carnaval e do futebol, mas o Brasil é mais diversificado do que isso. Se você acha que os Estados Unidos são diversos, o Brasil é ainda mais. Temos a segunda maior comunidade japonesa do mundo, depois do Japão! É um país enorme com milhões de pessoas que parecem diferentes, mas todos vivemos em harmonia. Nós somos os real caldeirão.

Vamos trazê-lo de volta para perto de casa. O que você gosta em Indy?

Estou tão feliz aqui. Indianápolis é um tesouro escondido. Meus amigos me perguntam por que não estou em Miami, Nova York, os lugares óbvios. Eu digo a eles: “Não, pessoal, Indy tem o que eu quero.” É uma cidade segura. A cena do restaurante está crescendo e crescendo. Tem natureza e espaços verdes.

Parte favorita da cena da moda local?

Adorei fazer parte do início da Fashion Art Society. [at Newfields]. Olhando para trás agora, o cenário da moda evoluiu muito. Agora temos nossas próprias semanas de moda e tantos outros eventos relacionados à moda. A Pattern foi pioneira nesse sentido. O ano do filme sobre [fashion photographer] Bill Cunningham saiu, eu estava tão bravo que não seria exibido em Indianápolis e enviei um e-mail para a Keystone Art Cinema perguntando por que não. Eles disseram que não achavam que haveria um público para isso. Eu disse a eles que se eles mostrassem por apenas uma noite, eu garantiria que um grande grupo de pessoas viesse. E foi casa cheia! Se você gosta de moda, às vezes você só precisa criar oportunidades.

O que você gostaria de saber quando era mais jovem?

Quanto mais eu vivo, melhor se torna meu senso de moda pessoal. Eu me conheço, o que eu gosto, o que me faz sentir bem. Estou no topo do meu jogo aos 58.

Pergunta final: uma roupa não está completa sem _________.

Um chapéu.

You May Also Like

About the Author: Adriana Costa

"Estudioso incurável da TV. Solucionador profissional de problemas. Desbravador de bacon. Não foi possível digitar com luvas de boxe."

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *