Em 19 de maio de 2015, o primeiro-ministro Li Keqiang participou da cerimônia de inauguração do projeto por meio de um link de vídeo.
Enquanto 80% da eletricidade do Brasil é usada pelas áreas mais desenvolvidas nas partes sul e sudeste do país, as principais usinas estão localizadas no norte, a mais de 2.000 quilômetros de distância. A crescente demanda por eletricidade requer uma “rodovia da energia” para transmitir a energia gerada em Belo Monte, no sudeste do Brasil. Dos vários licitantes internacionais para o projeto, a SGCC se destacou e venceu com suas tecnologias UHV, rica experiência e gerenciamento de projetos de localização. A construção começou oficialmente em setembro de 2017. O projeto, que percorre mais de 2.500 quilômetros por 81 cidades em cinco estados de norte a sul, envolve a linha de transmissão de corrente contínua de ultra-alta tensão (UHVDC) de ± 800kV por todo o mundo. É também um exemplo concreto da cooperação entre o cinturão e rodovias da China-América Latina.
Por trás do grande sucesso deste projeto está o trabalho árduo de muitos trabalhadores chineses e brasileiros. A linha de transmissão percorre terrenos difíceis: três regiões com topografia e clima muito diferentes, incluindo 13 rios principais. O complexo sistema ecológico e a grande diversidade cultural ao longo da linha tornam as coisas ainda mais difíceis para uma empresa que opera em solo estrangeiro. No entanto, os trabalhadores chineses e brasileiros cumpriram suas tarefas. Eles adaptaram as tecnologias UHV da China ao ambiente desafiador e outras circunstâncias locais, enfrentaram altas temperaturas, ventos fortes, tempestades e outros eventos climáticos severos e trabalharam em plena capacidade. O projeto entrou no ar 100 dias antes do previsto, criando o milagre de zero acidentes de segurança e zero defeitos na história dos grandes projetos de energia brasileiros.
Projeto de transmissão de ultra alta tensão (UHV) fase II de Belo Monte
O projeto de Belo Monte fase II é o primeiro projeto no exterior a usar tecnologias UHV chinesas. Tornou-se um projeto carro-chefe da Belt and Road Initiative e mostra a imagem das empresas chinesas na América Latina. Na instalação da linha de transmissão, foram realizados desvios para evitar reservas naturais e adequações da situação do terreno para atender às normas ambientais, como aumento da altura e espaçamento das torres, apesar dos custos adicionais. Animais feridos encontrados em canteiros de obras foram levados a veterinários próximos, tratados e devolvidos à natureza. Especialistas brasileiros foram convidados para realizar o monitoramento ambiental e avaliar a paisagem, a flora e a fauna, e os sítios históricos e culturais ao longo do percurso, para ajudar a minimizar o impacto ambiental do projeto. Esses esforços foram muito elogiados pela agência de proteção ambiental brasileira.
Construído com base no princípio de ampla consulta, contribuição conjunta e benefícios compartilhados, o projeto de Belo Monte fase II contribuiu para o desenvolvimento econômico e social das comunidades locais e proporcionou benefícios para a China e o Brasil. O projeto criou 16 mil empregos locais, adicionou 2,2 bilhões de reais à arrecadação de impostos e beneficiou um total de 22 milhões de brasileiros. Ao longo da linha de transmissão, a China construiu e renovou 1.970 quilômetros de estradas e 350 pontes, executou mais de 20 programas de responsabilidade social corporativa e doou suprimentos de controle da malária para 33 cidades. O projeto também melhorou o intercâmbio tecnológico e de pessoal entre os dois países e aumentou a confiança das empresas chinesas em investir no Brasil e na América Latina em geral.
Como diz um ditado chinês: “Um amigo íntimo de longe aproxima uma terra distante”. Apesar da distância geográfica entre os dois lados, China e América Latina compartilham uma longa história de interações e uma reserva de boa vontade. As relações entre a China e os países da América Latina e do Caribe (ALC) entraram agora em uma nova era de desenvolvimento integral. No novo paradigma de desenvolvimento de “dupla circulação” que a China persegue ativamente, a participação dos países da ALC é indispensável. A China e os países da ALC embarcaram em uma nova jornada em direção a uma comunidade com um futuro compartilhado. Orientadas pelo princípio de igualdade e benefício mútuo, as relações China-ALC continuarão progredindo e trazendo mais benefícios para as pessoas de ambos os lados. Essa amizade transpacífico certamente crescerá cada vez mais.