Um tamanduá de aparência muito incomum foi fotografado vagando pelo Brasil por pesquisadores que verificam a criatura incomumente pálida.
Alvinho, o tamanduá albino, possivelmente o único albino conhecido de sua espécie no mundo, foi descoberto pela primeira vez em dezembro de 2022 pelo Projeto Bandeiras e Rodovias do Brasil. Os pesquisadores verificam regularmente a criatura, também conhecida como Alvin, e rastreiam sua localização usando um colar de GPS.
“Novidades do nosso Alvinho!!” O Projeto Tamanduás e Rodovias escreveu na legenda de um post compartilhando fotos do animal. “Nosso amiguinho está bem!”
“Nossa equipe veterinária visita regularmente a área onde ele mora, no Cerrado do Mato Grosso do Sul. Essas visitas nos permitem verificar se ele está saudável e também ajustar a coleira GPS (recebeu a segunda coleira há alguns meses), para acompanhe seu desenvolvimento enquanto ele te deixa confortável, sem alterar sua rotina!” Projeto Tamanduás e Rodovias na edição de 10 de maio.
Alvinho está com cerca de 1 ano e pesa cerca de 30 quilos, de acordo com o Projeto Tamanduás e Rodovias. Alvinho é especialmente raro devido ao seu albinismo, causado por uma condição genética que faz com que o animal não produza pigmentos de melanina. A melanina dá cor à pele, cabelos e olhos dos mamíferos, bem como às escamas e penas de outros animais.
Tamanduás-bandeira são grandes mamíferos nativos da América Central e do Sul. Os animais podem crescer entre 6 e 8 pés de comprimento e pesar entre 60 e 100 libras, de acordo com o Museu Smithsonian. Por seu nome, os mamíferos comem formigas e cupins, usando suas longas línguas para sondar ninhos de insetos em busca de presas. Essas línguas podem crescer até 2 metros de comprimento por conta própria. Eles são capazes de entrar e sair da boca do tamanduá 150 vezes por minuto, usando sua saliva pegajosa para pegar os insetos depois que eles rasgam os ninhos com suas poderosas garras.
Os tamanduás são classificados como “vulnerável” pela Lista Vermelha da IUCN devido ao declínio de suas populações. Em algumas áreas, esses animais são caçados para alimentação ou para usar sua pele em produtos de couro ou remédios. Tamanduás são frequentemente atropelados por carros: entre 2017 e 2020, o Projeto Tamanduás e Estradas encontrou 761 tamanduás-bandeira mortos nas estradas do Mato Grosso do Sul, no centro-oeste do Brasil.
O Projeto Tamanduás e Rodovias é uma avaliação plurianual de colisões de veículos tamanduás estabelecida pelo Instituto Brasileiro de Conservação de Animais Silvestres (ICAS). Eles rastreiam tamanduás para aprender mais sobre a estrutura populacional e para proteger a espécie.
Alvinho recebeu recentemente seu segundo colete GPS, tendo superado o primeiro.
“O colar de GPS usado para monitoramento é fundamental para entender os aspectos comportamentais da espécie, e eles são desenvolvidos sob medida para caber em cada corpo”, disse o Projeto Tamanduás e Rodovias no post do Facebook. “Há mais de 10 anos monitoramos animais com essa tecnologia! O biólogo @alebertassoni desenvolveu uma investigação com o objetivo de avaliar e comparar o comportamento do animal com e sem o colete de monitoramento, e constatou-se que seu uso não interferir no comportamento da espécie.
Sem pigmentação, a pele e a pelagem parecem brancas como Alvinho, e os vasos sanguíneos podem ser visíveis, resultando em um tom rosa ou vermelho em áreas como os olhos. O albinismo é raro, ocorrendo entre 1 em 20.000 e 1 em 1 milhão de animais, de acordo com a Purdue University.
Os animais albinos geralmente correm mais riscos do que seus vizinhos de cor normal, pois tendem a se destacar muito mais do ambiente.
O Projeto Tamanduás e Rodovias encontrou outro tamanduá-bandeira albino infelizmente morreu em agosto de 2021que foi o primeiro albino da espécie já encontrado.
“Quando chegamos, ele já estava morto, mas conseguimos coletar amostras genéticas que foram enviadas ao laboratório para análise”, disse Débora Yogui, veterinária da equipe do Projeto Tamanduás e Estradas, em nota. declaração publicada no Facebook.
O DNA de Alvinho será comparado ao do albino morto para determinar se os dois são geneticamente relacionados, disse Yogi, já que Alvinho apareceu na mesma região.
“Um ano depois, uma fêmea apareceu na mesma área com um pequeno filhote albino, ‘Alvin’, nas costas”, acrescentou Yogi.
Você tem alguma dica sobre uma história de ciência que semana de notícias deve cobrir? Você tem alguma dúvida sobre tamanduás ou albinismo? Informe-nos via [email protected].