O meio-campista Rakitic decidiu encerrar a carreira de seis anos no Barcelona, após 310 jogos e 13 títulos, para retornar ao Sevilla. E, enquanto os torcedores aguardam a definição da situação de Messi, que está em atrito com o prato, o croata preferiu se despedir em um ambiente tranquilo.
Confirmado como reforço para a seleção sevilhana na última segunda-feira, o Rakitic prevaleceu na quarta-feira em uma cerimônia de despedida, com a presença do presidente Josep Maria Bartomeu e uma entrevista coletiva para falar de despedida. E ele explicou seus motivos.
– Depois de seis anos, não foi fácil sair. Estou muito grato por todos os detalhes. Não gosto de falar sobre o fim de uma era. Acho que cada jogador tem que pensar quando chegar a hora de ir embora, e esse momento chegou para mim, nada mais – resumiu.
Rakitic com o presidente Josep Maria Bartomeu na despedida – Foto: Playback / Twitter
E durante a coletiva de imprensa, por vários momentos, os jornalistas focaram em outro processo de despedida: o de Messi. O dia em que o pai do argentino Eu vim para Barcelona para uma reunião Com a prancha, o croata respondeu a três perguntas sobre o possível adeus da camisa 10. Inicialmente, Rakitic se esquivou.
– Tive que pensar muito em mim mesmo para pensar nos outros jogadores. Respeito a decisão de todos e disse que são decisões que todos devem tomar. Acima de tudo, respeito o Barça, faz parte da minha vida e do meu coração. Cada jogador deve fazer o que achar melhor para eles – comentou Rakitic.
Pouco depois, o croata foi questionado sobre Messi em mais duas ocasiões, dizendo que cada atleta deve fazer a sua avaliação. Mas ficar no Camp Nou deve ser sempre a prioridade.
– A primeira opção e a melhor opção para todos os jogadores é sempre o Barça. Então, cada jogador tem que tomar sua decisão e prefiro falar sobre a minha. Os outros, não sei. Mas para mim a primeira opção sempre teria que ser o Barça.
O Rakitic chegou ao Barcelona no início da 2014/15, depois de se destacar no Sevilla. E ele se tornou uma parte importante da equipe que iria ganhar a Liga dos Campeões naquela temporada. O croata disputou 310 partidas pelo clube catalão e conquistou um total de 13 troféus: um da Liga dos Campeões, um da Copa do Mundo de Clubes, quatro do Campeonato Espanhol, quatro da Copa del Rey, dois da Supertaça da Espanha e um da a Supertaça Europeia.
O meio-campista de 32 anos indicou que sua decisão de sair foi mais uma opção para “sentir o momento” do que uma possível mensagem de Ronald Koeman, o novo treinador da equipe, sobre a pouca utilidade.
Chegue a @F. C. Barcelona 6 anos atrás. Hoje, estou virando uma página maravilhosa da minha carreira. Foi uma honra usar esta camisa. Gostaria de agradecer a todos, sem exceção. Minha família, meus companheiros, os treinadores, o time, os funcionários do clube e a torcida. Te vejo logo. pic.twitter.com/v9CUtLDyLS
Relembrando sua carreira, Rakitic agradeceu a Xavi e Iniesta pela convivência diária e destacou que gostaria de manter a imagem de um jogador humilde, que se esforçou e se dedicou ao clube da melhor forma. Descartando eventuais lesões, o jogador evitou criticar o bom momento do clube, que encerrou a temporada 2019/20 com uma derrota por 8-2 para o Bayern de Munique.
– Não quero ficar com o último jogo. Nós sabemos o que aconteceu, fomos os primeiros que não gostamos, mas houve muitos momentos em que estivemos do outro lado. É um momento de reflexão, de análise de muitas coisas, mas também de parabéns à outra equipa. Desculpe, não posso estar neste último jogo. É o momento certo para refletir, mas são tantos os momentos lindos e especiais que vou manter.
Questionado se iria comemorar um gol marcado contra o Barcelona nas possíveis partidas da temporada espanhola, Rakitic foi retumbante.
– O meu respeito pelo Barça é máximo e claro que não celebraria um golo. Vou acompanhar de perto tudo o que acontece aqui, e se chegar o momento, não poderia comemorar um gol porque tenho o Barça no meu coração – disse ele.