Projeto visa concluir obra do brasileiro Niemeyer no Líbano

Thais Sousa
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São Paulo – Em TrípoliLíbano, um dos prédios projetados na década de 1960 pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer permanece inacabado. Esta é uma realidade que um grupo de artistas quer agora mudar. Ativistas socioculturais se uniram para criar ONE for art JV, a iniciativa dirigida por projeção um. Seu objetivo é arrecadar fundos para a reabilitação do Teatro Circular Experimental Oscar Niemeyertambém conhecido como “A Cúpula”.

O local é o único prédio inacabado em Trípoli, capital do Líbano. rachid karami feira Internacional complexo. O teatro teria capacidade para 1.100 lugares, e o objetivo do projeto é torná-lo o maior palco de todas as artes cênicas do norte do Líbano, onde está localizado o complexo. Trípoli é a segunda maior cidade do país.

O Teatro Circular Experimental Oscar Niemeyer também é conhecido como “La Cúpula”.

“Na noite de abertura, um concerto sinfônico inédito mostraria o tremendo potencial deste espaço mágico e serviria como uma transferência do legado de Niemeyer para reviver sua conquista modernista”, disse a Embaixadora Carla Jazzar, Encarregada de Assuntos da Embaixada do Líbano em Brasília.

Em entrevista à ANBA, ele deu detalhes da iniciativa. “Ao mesmo tempo, criaria oportunidades de emprego e estimularia um processo de economia circular, reconectaria regiões e pessoas libanesas, aumentaria o turismo cultural e, em particular, a descoberta local por meio da linguagem universal da música. Após esse primeiro evento, o aluguel do local geraria receita para a administração do resort manter e/ou restaurar a infraestrutura do local”, disse Jazzar.

ONE para arte JV Tem integrantes como Jorge Takla, diretor musical brasileiro; Harout Fazlian, Maestro Titular da Orquestra Filarmônica Libanesa; Wassim Naghi, arquiteto, professor e conferencista internacional, responsável pela inscrição do conjunto arquitetônico de Niemeyer a Patrimônio Cultural da UNESCO; Joelle Hajjar, curadora, produtora e historiadora da arte; Rania Cortbawi, designer de interiores com projetos no Líbano e no exterior; Lea Baroudi, fundadora da ONG MARCH, que atua em Trípoli há nove anos; e Hyam Yared, escritor e presidente da associação PEN de escritores de língua francesa.

O espaço foi projetado na década de 1960, mas permanece inacabado

Segundo Jazzar, todos os estudos técnicos e logísticos foram elaborados juntamente com a aprovação prévia dos administradores do complexo e entidades oficiais. Agora, o projeto está na fase de captação de recursos.

Por isso, a Embaixada do Líbano no Brasil está promovendo o projeto junto às autoridades do país e à comunidade libanesa. “Desde o início, trabalhamos em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, discutindo com o Ministério da Cultura, a Fundação Oscar Niemeyer e outras instituições, tanto do governo quanto da sociedade civil, para atrair atenção e atrair patrocinadores para este projeto para fortalecer ainda mais os laços entre nossos dois países”, disse ele.

O projeto já conseguiu que todo o sistema acústico seja patrocinado pela empresa Saint-Gobain. Outros compromissos também foram assinados com a LBC International para ser o principal media partner da ação, além do Seguro Comercial que cobre todas as fases do projeto. Além disso, as empresas sociais Sustain Lebanon e Live Love Lebanon participarão do processo de crowdfunding, e espera-se que o projeto seja apoiado pela Saadallah and Loubna Khalil Foundation for Education and Culture.

Homenagem a Niemeyer

Como o complexo foi projetado por Niemeyer, está prevista uma homenagem ao brasileiro. “Faz parte do plano receber um representante da família e entregar um troféu especial na noite de abertura de um evento de grande repercussão. Pretendemos exibir um curta-metragem sobre a história do complexo e a obra de Niemeyer, utilizando arquivos originais e raríssimos. Esse filme também poderia ser usado no Brasil, em escolas e canais de televisão para divulgar esse tremendo feito arquitetônico de Niemeyer fora de seu país de origem”, explicou o embaixador.

O diplomata lembrou, porém, que é preciso cumprir o orçamento previsto para atingir as metas. “[This is a way to] ajudar a salvar o legado de Niemeyer no Líbano, que corre o risco de desaparecer, e ressuscitá-lo, por meio da participação do povo na operação de arrecadação de fundos, principalmente depois de tombado como Patrimônio Mundial pela UNESCO, o primeiro e único 20º complexo do século no Oriente Médio a ser listado. A primeira e maior obra de Oscar Niemeyer fora das Américas”, concluiu.

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Traduzido por Elusio Brasileiro

©Eric Lafforgue/Hans Lucas/AFP

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