O presidente da Colômbia, Ivan duque, condenou nesta terça-feira (22) as eleições de Venezuela previsto para dezembro, boicotado pela oposição ao regime chavista. Segundo o colombiano, o processo eleitoral “visa legitimar a ditadura de Nicolás Maduro”
“Precisamos fazer um apelo enérgico a todas as nações do mundo para que levantem suas vozes clamando por eleições realmente livres, e não à orquestra eleitoral pré-fabricada à qual desejam se render ao povo venezuelano em dezembro, apenas para perpetuar a ditadura.” Disse Duke.
Presidente Nicolás Maduro participa de desfile do Dia da Independência em Caracas, Venezuela, em 5 de julho – Foto: Palácio Miraflores / Divulgação via Reuters
Colombianos também acusou o regime de Maduro de “se sustentar com recursos do narcotráfico” e “abrigar terroristas”. “É uma ameaça constante para as democracias da região e do mundo”, atacou Duque.
As declarações foram feitas em vídeo enviado a Debates da Assembleia Geral das Nações Unidas, começou nesta terça-feira e isso acontece virtualmente por causa da pandemia do coronavírus recente. Presidente Jair Bolsonaro abriu a sessão.
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Venezuela vai passar eleições legislativas em 6 de dezembro. As principais organizações de oposição anunciaram um boicote às eleições parlamentares, que chamam de “fraude”, depois que o Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), orientado pelo governo, nomeou um diretor da CNE em 12 de junho e declarou a omissão do Legislativo.
Chanceler venezuelano critica Duke: ‘hipocrisia’
O Ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza (foto de arquivo) – Foto: Manaure Quintero / Reuters
Em resposta às declarações de Iván Duque, o chanceler venezuelano Jorge Arreaza disse que o colombiano comprometeu “muita hipocrisia”. “Ele se apresenta como um herói da paz, dos direitos humanos e da luta contra o narcotráfico”, escreveu o ministro nas redes sociais.
“A comunidade internacional não é estúpida, Sr. Duke. Você encara o mundo como um mentiroso incomparável”, disse Arreaza. Maduro compartilhou a mensagem.
O discurso de Nicolás Maduro na Assembleia Geral das Nações Unidas está previsto para a tarde desta quarta-feira (23).