Planetários de todo o Brasil se reunirão nesta terça (22) em uma sessão virtual de boas-vindas à primavera, estação que antecipa o verão e se comemora com a chegada das flores. Em uma transmissão ao vivo no YouTube, astrônomos e especialistas vão explicar ao público quais mudanças vêm ocorrendo no planeta desde o equinócio da temporada.
O evento, que está marcado para as 10h do horário de Brasília, terá duração de 30 minutos e terminará no exato momento em que começa a primavera no hemisfério sul, exatamente às 10h31.
“Quando você vai ao planetário, geralmente vê [vídeos] sobre o céu da sua cidade. Nesta sessão, veremos o céu no Brasil ”. disse o presidente da ABP (Associação Brasileira de Planetária), José Roberto de Vasconcelos, em entrevista à Agência Brasil.
Veja também:
Alunos já podem se inscrever para o Ingresso Único em São Paulo
A greve subsequente pode terminar na segunda-feira em uma decisão judicial
“É como estar ao ar livre olhando para o céu. A função do planetário, embora possa apresentar diversos tipos de conteúdos, é simular o céu ”.
Segundo Vasconcelos, com mais de 100 planetários fixos e móveis, o Brasil é o segundo país com maior número de locais destinados ao céu em todo o hemisfério sul. Nas Américas, é o segundo maior número, atrás apenas dos Estados Unidos. O presidente da ABP disse à Agência Brasil que a ideia da mostra virtual foi motivada pela vontade de receber visitantes.
“Nós, que trabalhamos nesses ambientes, os chamados planetários, sentimos muita falta de servir as pessoas, mostrando nosso conteúdo. Nos planetários produzimos conteúdos próprios e somos espaços dedicados à educação. A ideia de fazer algo virtual para o planetário surgiu apenas para matar a saudade. Decidimos aproveitar o fato de setembro ter equinócio de primavera e, por meio da BPA, reunir planetários de todo o Brasil ”, diz Vasconcelos.
A sessão pode ser acompanhada por Canal ABP sem YouTube.
La Niña promete mudar o clima na primavera
A primavera, que vai até as 7h02 do dia 21 de dezembro, também será acompanhada pelo fenômeno oposto ao El Niño: o La Niña. Será marcado pela queda anormal da temperatura no Oceano Pacífico, que também altera o padrão de chuvas e temperatura em várias regiões.
Na Colômbia e na Austrália, as chuvas são abundantes e podem causar inundações. Em contraste, para Argentina, Chile, Peru, Paraguai e Equador, a temporada é sinônimo de menos chuva.
No Brasil, devido à extensão territorial, os impactos são diversos. No nordeste, significa mais chuva, enquanto no sul representa seca. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, os efeitos são imprevisíveis, dizem os meteorologistas. metro