Os pesquisadores apresentaram nesta segunda-feira (20) um “mapa de calor” do novo coronavírus, com base em dados coletados pelo Facebook, que visa ajudar a rastrear a propagação da doença e planejar a deflação na sociedade.
O projeto da Universidade Carnegie Mellon oferece “indicadores em tempo real da atividade COVID-19 que não estavam disponíveis anteriormente em nenhuma outra fonte”, de acordo com uma declaração do centro de estudos.
O mapa foi desenvolvido com milhões de respostas a pesquisas no Facebook e no Google, como parte de uma iniciativa para monitorar a propagação do vírus.
O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, disse que o mapa de calor, atualmente disponível para os Estados Unidos, está sendo utilizado em todo o mundo com a ajuda de equipes de pesquisadores da Universidade de Maryland.
“Enquanto o mundo luta com o COVID-19 e os países desenvolvem planos para retomar suas parcerias, é crucial ter um entendimento claro de como a doença está se espalhando”, escreveu Zuckerberg em sua página no Facebook e no Washington Post.
“Com uma comunidade de bilhões de pessoas em todo o mundo, o Facebook pode ajudar exclusivamente pesquisadores e autoridades de saúde a obter as informações necessárias para responder ao surto e começar a planejar a recuperação”, acrescentou.
Os pesquisadores da Carnegie Mellon disseram que recebem cerca de um milhão de respostas por semana de usuários do Facebook e aproximadamente 60.000 usuários do Google.
“Usando essa e outras fontes de dados exclusivas, os pesquisadores da CMU monitorarão as mudanças ao longo do tempo, permitindo prever a atividade do COVID-19 com várias semanas de antecedência”, disse a equipe de pesquisa.
Os pesquisadores usam as respostas da pesquisa do Facebook para os sintomas que as pessoas experimentam, usando dados controlados pela equipe da universidade e não compartilhados com a rede social.
Os cientistas também usam informações anônimas do Google e de outros parceiros sobre sintomas e pesquisas on-line.
“A pesquisa pergunta às pessoas se elas apresentam sintomas como febre, tosse, falta de ar ou perda de olfato associados ao COVID-19”, disse Zuckerberg.
“Dado que apresentar esses sintomas é um estágio pré-doença mais grave, essa pesquisa pode ajudar a prever quantos casos os hospitais assistirão nos próximos dias e fornecerá indicadores precoces de onde o surto está crescendo e onde a curva está se achatando com sucesso”. “