Panamá descarta presença de nova cepa do coronavírus SARS-CoV-2

22 de dezembro de 2020, 2: 8Panamá, 22 de dezembro (Prensa Latina) O Instituto Comemorativo de Estudos em Saúde Gorgas (Icges) descartou hoje a presença no Panamá da nova cepa do SARS-CoV-2, o coronavírus causador do Covid-19, que circula no Reino Unidos.

Em declarações ao jornal La Prensa, o virologista e epidemiologista Jean Paul Carrera garantiu que entre as 16 linhagens de coronavírus identificadas no país pelos Icges não há aquela que atualmente mantém o mundo em alerta, depois que foram detectados os primeiros casos naquele país Europa e África do Sul.

Ele esclareceu que esta instituição científica realiza rigorosa vigilância genômica do SARS-CoV-2 desde sua chegada ao território nacional, em março, o que permitiu o sequenciamento de 534 amostras de pacientes para obtenção do genoma completo do vírus.

Carrera explicou que, segundo relatórios oficiais, a variante genética B117, detectada no país europeu, se espalha 70 por cento mais rápido que o original, para que outros países possam ter a transmissão dessa cepa.

A este respeito, o Dr. Xavier Sáez-Llorens escreveu em sua conta no Twitter que a nova cepa parece estar associada a uma maior transmissibilidade, embora a comunidade científica ainda não tenha todas as informações técnicas.

Ele observou que, embora a mutação pontual ocorra na proteína S, uma alteração conformacional substancial que afeta a virulência ou neutralização por anticorpos induzidos pelas vacinas atuais não é antecipada.

O Dr. Julio Osorio, da Comissão Médica de Negociação, também expressou preocupação com a nova variante, que pode ser a causa da segunda onda relatada na Europa e agora na África do Sul.

Na opinião da Organização Mundial de Saúde, ainda não há evidências de que a variante genética B117 cause aumento da letalidade ou afete a eficácia dos testes diagnósticos e vacinas disponíveis, mas é mais contagiosa.

Devido à vertiginosa capacidade infecciosa do vírus, muitos países da Europa fecharam suas fronteiras com o Reino Unido e outros, como o Panamá, cancelaram a chegada de viajantes daquela nação.

De acordo com um decreto do Ministério da Saúde, a partir desta terça-feira a entrada de pessoas que ficaram ou passaram pelo Reino Unido e África do Sul nos últimos 20 dias está temporariamente suspensa.

Os panamenhos que já estiveram nesses locais e que estão para entrar em território nacional devem fazer o PCR ou teste de antígeno, ‘obrigatoriamente’, refere o texto, que acrescenta que independente do resultado também estarão sujeitos à quarentena um hotel-hospital pelo tempo indicado pelas autoridades de saúde.

jha / npg

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