Por Gabriel Codas
Investing.com – As ações da Oi e da Vivo estão sendo negociadas com prejuízo na terça-feira à tarde na Bolsa de Valores de São Paulo, enquanto as ações da TIM subiram um pouco. Na edição de hoje, o jornal O Estado de S.Paulo informa que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não deve impor entraves a uma eventual venda da operação de telefonia móvel em recuperação judicial para o grupo de empresas que já operam no mercado.
Por volta de 1h10 da tarde, as ações ordinárias da Oi (SA 🙂 perderam 1,91%, para R $ 1,54, enquanto as ações preferenciais (SA 🙂 caíram 1,22%, para R $ 2, 43 As ações da Vivo (SA 🙂 caíram 0,44% para R $ 51,61 e as ações da TIM (SA 🙂 subiram ligeiramente 0,06% para R $ 15,81. Ele teve um leve aumento de 0,11%, para 103.558 pontos, próximo à mínima de 103.368 pontos.
ELE Estádio / Transmissão, apurou as informações com membros e ex-membros do órgão regulador. O entendimento é que a Anatel consentirá com a transação. Desde a última sexta-feira, as maiores operadoras do país ganharam exclusividade na disputa pelo Oi Móvel, cujo preço mínimo é de R $ 15 bilhões.
Embora o número total de operadoras de celular no país seja reduzido de quatro para três, não há intenção dos representantes da agência de entrar no mérito da questão do concurso, que hoje está nas mãos exclusivamente do Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade).
Mas não foi sempre assim. A preocupação com a competição máxima tem sido recorrente na atuação da Anatel na última década. Porém, aos poucos, a agência amenizou as restrições regulatórias que inibiam a concentração do mercado.
Um dos destaques das intervenções realizadas a favor da concorrência ocorreu no início da década passada, durante o leilão de implementação do 3G. Na ocasião, o edital proibiu as quatro principais operadoras, Vivo, TIM, Claro e Oi, de licitarem todos os lotes. Esse projeto foi feito propositalmente, para abrir as portas da Nextel para entrar no mercado brasileiro. “Até por volta de 2010, a Anatel repetia o mantra de que o mercado brasileiro deveria ter pelo menos quatro ou cinco operadoras de celular. E isso era feito por meio de leilões de freqüência ou por meio de medidas regulatórias”, observa o superintendente da agência, que perguntou anonimato.
Apesar de ter sido favorecida no passado, a Nextel nunca teve participação relevante no mercado e sua controladora, a americana NII Holdings, faliu no exterior. A operadora acabou se fundindo com a Claro, em um acordo que passou tanto pela Anatel quanto pelo Cade. “A Anatel percebeu que não é possível o regulador querer organizar o mercado como se fosse um déspota esclarecido ou como se estivéssemos em um sistema comunista onde o estado governa tudo”, disse uma das fontes.
Nesse sentido, a Anatel começou a repensar algumas barreiras. O último afrouxamento ocorreu em 2018, quando se decidiu pela ampliação dos limites de frequência que uma única operadora pode manter. Os limites, que eram de 20% a 30%, foram aumentados para 35%.
(Com conteúdo Estadão)
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