O relator concorda com o parecer da Lei das Notícias Falsas, que deve ser votada na quinta-feira no Senado – 24/06/2020

O relator do projeto que cria a Lei de Notícias Falsas, o senador Angelo Coronel (PSD-BA), apresentou seu parecer hoje, com a previsão de ir à votação na sessão plenária do Senado amanhã.

Comparado ao projeto distribuído entre os senadores desde a semana passada, o relatório apresentado nesta quarta-feira reforça os mecanismos de transparência, altera os procedimentos de moderação para garantir uma defesa ampla, estabelece a figura da auto-regulação regulamentada e não trata de questões criminais, deixando o tópico para discussão adicional. em outro projeto, segundo o consultor do relator.

O texto cria o Conselho de Transparência e Responsabilidade da Internet, composto por representantes do Congresso, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), além de membros do Comitê Brasileiro de Administração da Internet, de a sociedade. serviço civil, provedores de serviços de internet, aplicativos e conteúdo e também os setores de mídia e telecomunicações.

O conselho terá, entre outras funções, a tarefa de certificar instituições auto-reguladoras que serão criadas por provedores de redes sociais e serviços de mensagens privadas para melhorar a transparência e a responsabilidade no uso da Internet. Essa instituição pode enviar relatórios trimestrais e informações sobre políticas para o uso e monitoramento do volume de conteúdo compartilhado pelos usuários de serviços de mensagens privadas ao conselho.

“No que diz respeito à transparência em relação ao conteúdo patrocinado, todas as medidas propostas destinam-se apenas a fornecer aos usuários informações mais detalhadas sobre os responsáveis ​​pelo patrocínio de publicações, e não há obstáculo constitucional”, argumenta o relator no parecer.

Quanto à possível censura de conteúdo na Internet, que é uma preocupação dos parlamentares, o coronel afirmou que não é “seguro estabelecer que alguém, em uma atividade de expressar uma opinião, possa classificar determinado conteúdo como desinformação ou não”.

“Não há como negar que os provedores devem fornecer meios, ferramentas ou funcionalidades para criar um ambiente razoável de transparência e combater atos ilegais na Internet. Mas acreditamos que não é apropriado atribuir a eles o papel de protetores da sociedade, especialmente no que diz respeito a classificação do que é desinformação “.

O senador manteve sua determinação em identificar as contas operadas por robôs, bem como deve ficar claro qual conteúdo é promovido ou quais veiculam publicidade.

A necessidade de identificação e determinação do usuário das operadoras de telefonia que atuam na validação de registros também permanece no texto, especialmente as que utilizam chips pré-pagos.

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