O governo de França emitido feche uma mesquita na área metropolitana de Paris acusado de encorajar o assassinato de Samuel Paty, anunciou o ministro do Interior, Gérald Darmanin, nesta segunda-feira (19). A o professor foi decapitado semana passada depois de mostrar desenhos animados do Profeta Muhammad aos alunos.
Segundo as autoridades francesas, a mesquita, localizada na cidade de Pantin, forneceu o endereço do professor e disse que ele “merecia ser intimidado”. Paty foi decapitada na sexta-feira, também nos arredores de Paris, em ato caracterizado pelo presidente Emmanuel macron como ataque terrorista.
Milhares saem às ruas em homenagem ao professor assassinado nos arredores de Paris
Manifestante exibe foto do professor Samuel Paty, decapitado nos subúrbios de Paris, França. Foto da manifestação em Lille em 18 de outubro – Foto: François Lo Presti / AFP
Quinze pessoas foram presas por envolvimento com radicalismo. Entre os detidos estão quatro estudantes do ensino médio, segundo fontes judiciais. O assassino é um checheno de 18 anos identificado como Abdullakh Anzarov, que foi morto pela polícia após o crime.
Segundo fonte próxima ao caso, o professor decapitado foi “designado” como o assassino “por um ou mais alunos da faculdade, a princípio em troca de pagamento”.
Os investigadores estão agora tentando descobrir se o assassino decidiu atacar o professor sozinho ou se agiu a mando de um grupo ou de outra pessoa.
França reforça seu controle sobre extremistas
Ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, chega para encontro no Palácio do Eliseu nesta segunda-feira (19) – Foto: Ludovic Marin / AFP
Além dos suspeitos de envolvimento no ato considerado terrorista, o governo também visa outros radicais islâmicos para quem, segundo o ministro do Interior, as autoridades querem “mandar uma mensagem”. São pessoas já cadastradas pelos serviços de inteligência para pregação radical e mensagens de ódio nas redes.
Desde o assassinato de Samuel Paty, que ensinava história e geografia em um instituto em Conflans-Sainte-Honorine, a oeste de Paris, mais de 80 investigações foram abertas contra “todos aqueles que disseram de uma forma ou de outra que este professor havia queria o assassinato “, disse Darmanin.
O presidente Emmanuel Macron convocou um conselho de defesa no fim de semana para debater o assunto, dizendo que “o medo mudará de lado”.
“Os extremistas islâmicos não deveriam dormir profundamente em nosso país”, disse o governo francês.
No final de uma reunião de duas horas e meia com o primeiro-ministro Jean Castex, cinco ministros e o promotor antiterrorista Jean-François Richard, Macron anunciou um plano de ação contra “estruturas, associações ou pessoas próximas a círculos radicalizados” que propagam apelos por ódio.
Local do assassinato de um professor perto de Paris, França – mapa – Foto: G1 Mundo
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