O IRS, que funciona como o “IRS” dos Estados Unidos, organizou uma licitação para a contratação de um serviço capaz de rastrear transferências feitas em redes de criptomoedas anônimas.
A licitação, que terminou nesta quarta-feira (16), prevê um pagamento inicial de US $ 500 mil (cerca de R $ 2,6 milhões) para uma fase de desenvolvimento de até oito meses e outra de US $ 125 mil (cerca de R $ 650) para aprimorar a tecnologia em mais quatro meses – totalizando um ano de contrato.
Na fase inicial, a Receita Federal espera gastar até R $ 1 milhão no projeto, ou seja, contratar dois “vencedores” para a fase 1.
De acordo com o anúncio, a divisão de crimes cibernéticos das autoridades fiscais dos Estados Unidos está interessada em rastrear as transações feitas por meio do Criptomoeda Monero e através da rede Lightning, que funciona dentro do Bitcoin.
O Bitcoin, que é a criptomoeda mais popular, é conhecido por registrar todas as transações publicamente na chamada blockchain (“blockchain”).
No entanto, a Lightning Network fornece transferências off-blockchain (“off-chain”), nas quais apenas o resultado agregado do negócio é armazenado nos blocos. Com isso, fica mais difícil traçar o caminho do dinheiro virtual.
Monero, que é mais recente, foi projetado para ocultar transações individuais de seus usuários. Por isso, além da facilidade de mineração com computadores comuns, o Monero se tornou uma das moedas preferidas dos cibercriminosos.
“Atualmente, existem recursos investigativos limitados para rastrear transações envolvendo criptomoedas privadas, como Monero ou protocolos de rede de segunda chamada, como Lightning Labs, ou outras transações ‘fora da cadeia’ que fornecem privacidade a agentes ilícitos”, diz o texto do de Anúncios. .
Ainda, de acordo com o documento, essas transações nas redes da “dark web” têm facilitado crimes como roubo de identidade, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo, tráfico sexual e prostituição infantil.
Primeiro ‘banco’ de criptomoeda autorizado pelo estado
Enquanto o governo federal dos Estados Unidos investe em tecnologias para auxiliar nas investigações de transações de criptomoedas, o estado de Wyoming autorizou a abertura do primeiro banco de criptomoedas do país, conforme anúncio divulgado nesta quarta-feira (16).
A proposta de criação foi patrocinada pela Kraken, conhecida plataforma de compra e venda de criptomoedas.
Com isso, Kraken terá acesso direto ao sistema de pagamento utilizado pelos bancos americanos. Por outro lado, o banco não poderá fazer empréstimos e deve manter uma reserva de 100% dos ativos dos clientes.
A novidade é em parte consequência de uma autorização concedida em julho para bancos norte-americanos manterem criptomoedas para seus clientes.
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