ELE Brasil Neste domingo tornou-se o país do G-20, grupo das 20 principais economias do mundo, com a maior taxa de mortalidade por COVID-19, com 613,46 óbitos por milhão de habitantes, segundo dados do Organização Mundial da Saúde (OMS). Nono lugar no ranking mundial, o país ultrapassou o Reino Unido e está próximo do Equador (com 614,18). O coeficiente de mortalidade é calculado dividindo o número total de mortes de covid-19 no país pelo número total na população.
A primeira morte de covid-19 no Brasil foi anunciada em 16 de março. Depois disso, o país já registrou 131.663 óbitos e 4.330.152 casos do novo coronavírus, segundo o balanço mais recente: o estado de São Paulo lidera com 32.606 óbitos e 892.257 casos confirmados.
A média móvel de mortes por covid-19, que oscila nos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto durante a semana e um número baixo nos finais de semana, ficou em 711 neste domingo. De acordo com o consórcio de veículos de imprensa, que Status, G1, Ou balão, Extra, folha mim Twitter389 novos óbitos em 24 horas e 14.294 casos foram registrados. O Ministério da Saúde, por sua vez, informou que 3.573.958 pessoas se recuperaram da infecção.
Embora a média móvel do Brasil tenha caído nas últimas semanas, de mil casos em agosto e agora se aproximando de 700, a taxa de mortalidade, que é cumulativa, só aumenta. Em maio, quando a marca de 10.000 mortos foi atingida, ela ocupava o 33º lugar por milhão de habitantes.
Mais recentemente, na marca de 100 mil mortes, o fato de o Brasil não estar no chamado “top 10” desta análise foi destacado pelo Ministério da Saúde, ao se deparar com o fato de o Brasil ficar atrás apenas dos Estados Unidos. Unidos quando se trata de números. mortes absolutas e registros positivos.
Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, explica que a pandemia no Brasil continua muito intensa. “O número de casos e óbitos manteve-se elevado desde o início de junho. Além disso, existem vários relatórios insuficientes e atrasos. ”
Pedro Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e epidemiologista, vai na mesma linha e aponta que o principal motivo que explica esse elevado número do coeficiente de mortalidade no Brasil é a falta de exames populacionais para o novo coronavírus . “O Brasil é um dos poucos países do G-20 que não tem uma política eficiente para testar e rastrear os contatos dos infectados”, disse. A OMS recomenda que quando um país começa a controlar a situação, os testes sejam positivos abaixo de 5%. “O Brasil tem uma média de 30%. No último mês, essa média aumentou. Temos 40%. Em alguns estados está acima de 60%, como no Tocantins ”, disse Alves.
Outro ponto destacado pelo epidemiologista gaúcho é que o país nos momentos mais graves não teve um fechamento e distanciamento social rígido. “Simplesmente recuou e isso fez com que os números já altos disparassem.” Um terceiro motivo que contribui para esse número, segundo Hallal, é a falta de medidas de segurança contra o coronavírus pela própria população brasileira.
Especialistas em saúde apontam que os números por milhão de habitantes também devem ser contextualizados. Além dos testes, é necessário observar os diferentes estágios da pandemia em cada país, o tamanho da população, a densidade demográfica e até o perfil etário de cada população.
A Itália, por exemplo, um dos países que mais sofreu com a pandemia no mundo, começou a ter registros da doença em meados de janeiro. Mas, em maio, a gradual reabertura econômica já havia começado e marcadas quedas no número de covid-19, sem já atingir a marca de 1.000 mortes por dia (desde o auge da pandemia). Entre os países com grande população à frente do Brasil, e perfis próximos, apenas a Espanha se destaca, que voltou à marca de 10 mil casos diários nesta semana. Nas Américas, a situação mais crítica a esse respeito é a do Peru.
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES
ELE Status considerados dados da OMS. Outros sistemas de informação obtiveram médias com base em informações obtidas diretamente dos países. Nossos dados do World Data, por exemplo, também mostram que o Brasil já ultrapassou a Suécia e o Reino Unido em um milhão, mas atrás apenas de Chile, Andorra e Bélgica, Espanha e Peru. / ANDREZA GALDEANO COLABORATED