A 44ª edição do Festival Internacional de Cinema de São Paulo começa nesta quinta-feira (22) e vai até o dia 4 de novembro com 198 filmes na programação. A G1 Liste os destaques abaixo.
Este ano, a maioria dos filmes será exibida online devido à pandemia Covid-19. Eles estarão disponíveis em três plataformas: Mostra Play, Sesc Digital e Spcine Play. Alguns filmes serão gratuitos. Outros custarão R $ 6.
O evento terá ainda sessões em dois cinemas drive-in da capital: o Belas Artes drive-in e o CineSesc Drive-in.
A “Nova Ordem” mexicana abre o evento. Vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cinema de Veneza, ele relata os protestos e um golpe na Cidade do México por meio da história de uma família rica e seus funcionários.
- Cinemas de retorno: como as sessões e cinemas vão se adaptar para a reabertura
- Você acha que é caro ir ao cinema? Entenda como os preços e vendas dos ingressos são calculados
Filme brasileiro ‘City Bird’, selecionado para o Festival de Cinema de Berlim – Foto: Divulgação
“Cidadebird”, uma coprodução entre Brasil e França, é um dos destaques entre os 30 filmes nacionais da programação. Dirigido por Matias Mariani, foi selecionado para a mostra Panorama do Festival de Berlim e conta a história de um músico nigeriano que vai a São Paulo em busca do irmão mais velho. O filme foi saudado com aplausos no festival.
“Todos los muertos”, de Caetano Gotardo e Marcos Dutra, conta a história de uma família em declínio no final do século 19, narrada por três mulheres. O show, que concorreu ao Urso de Ouro, expõe o racismo estrutural brasileiro.
Filme brasileiro ‘Todos os Mortos’ – Foto: Promoção / Festival de Berlim
E “Verlust”, filme de Esmir Filho com Andréa Beltrão e a cantora Marina Lima, acompanha uma poderosa empresária que prepara uma festa em uma praia isolada. Em crise no casamento e com a filha, ele gerencia a carreira de uma complicada estrela pop. “Quando uma estranha criatura aparece no fundo do mar, começa a crise”, diz a sinopse.
Marina Lima e Andréa Beltrão estão no filme ‘Verlust’ – Foto: Playback / Instagram / Andréa Beltrão
Há uma grande seleção de filmes premiados em festivais internacionais na feira deste ano. Um dos destaques é o iraniano “No Harm”, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim em fevereiro.
É um filme sobre a liberdade individual em um país governado por um regime autoritário e com pena de morte. Ao fazer este longa-metragem, o diretor Mohammad Rasoulof contornou uma proibição de filmes que foi imposta a ele.
A atriz iraniana Baran Rasoulof posa com o Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Cinema de Berlim 2020 com o presidente do júri, o ator britânico Jeremy Irons – Foto: Tobias Schwarz / AFP
Outro filme que merece atenção é “Shirley”, um terror biográfico com Elizabeth Moss e Logan Lerman inspirado na escritora de terror e mistério Shirley Jackson. Na história, ela experimenta uma crise de inspiração para seu novo livro quando seu marido recebe dois estudantes universitários. “Shirley” ganhou o Prêmio Especial do Júri de Drama Americano no Festival de Cinema de Sundance.
Michael Stuhlbarg e Elisabeth Moss na cena do filme ‘Shirley’ – Foto: Reprodução
O canadense “Beans” ganhou o prêmio Toronto Festival Rising Stars. Baseado em fatos reais, mostra o confronto entre o governo de Quebec e duas comunidades na década de 1990. Em meio aos protestos, o filme mostra o amadurecimento e os conflitos do adolescente Feijão.
E “Isto não é um funeral, isto é uma ressurreição”, uma co-produção entre Lesoto, Itália e África do Sul, ganhou o prémio especial do júri dramático do Festival de Sundance. Conta a história de uma viúva de 80 anos que perde o filho e fica sozinha. Ele então planeja sua morte e sepultamento em um cemitério da cidade, ameaçado pelos planos do governo local de transformá-lo em uma barragem.
Também vale a pena mencionar dois filmes do artista Ai Weiwei: o documentário “Coroação”, que mostra o confinamento em Wuhan durante o início da pandemia Covid-19, e “Vivos”, sobre desaparecimentos forçados no México.
Homenagem aos colaboradores da Cinemateca
A Cinemateca Brasileira, na Vila Mariana, possui o maior acervo de imagens em movimento da América Latina, com cerca de 200 mil rolos de filmes – Foto: Alf Ribeiro / Estadão Conteúdo
Este ano, a mostra vai homenagear os colaboradores da Cinemateca Brasileira com o Prêmio Humanidade. “Essa decisão foi tomada por impulso, em um momento de indignação e, por que não, paixão”, afirma a organização do evento.
Em agosto, os 52 funcionários da Cinemateca Brasileira foram demitidos depois que o governo federal assumiu a liderança do órgão. Segundo os organizadores do Movimento SOS CINEMATECA, a instituição não recebe recursos do governo para os fundamentos, incluindo atrasos em salários, contas de água e energia, rescisão de contrato com o corpo de bombeiros e equipe de segurança.
O documentarista americano Frederick Wiseman, diretor de “City Hall”, também será homenageado com o prêmio.
Entidades e funcionários da Cinemateca protestam em frente à instituição na manhã desta sexta-feira (7) – Foto: Suamy Beydon / Agif / Estadão Conteúdo
- Onde: Memorial da América Latina – Entrada pela Rua Tagipuru s / nº. – Portão 2 – São Paulo
- Quando: de 22/10 a 11/04
- Horário: a partir das 18h40
- Preço: R $ 65 para um carro de até 4 pessoas
- Capacidade: 100 carros
- Onde: Sesc Parque Dom Pedro II – Praça São Vito sem número, Centro – São Paulo
- Quando: de 22/10 a 11/04
- Preço: R $ 40 o total para um carro de até 4 pessoas e R $ 20 a meia