Nigéria, Egito e África do Sul foram responsáveis por 65% da desaceleração do Produto Interno Bruto da África, revelou a McKinsey.
O relatório, intitulado “Reimaginando o crescimento econômico na África: transformando a diversidade em oportunidade”, afirma que o PIB da África em 2019 deveria ter atingido US$ 3 trilhões, não US$ 2,6 trilhões, se os três países tivessem mantido sua taxa de crescimento entre 2000 e 2010.
Dizia: “Se o PIB da África tivesse continuado a crescer no ritmo alcançado entre 2000 e 2010, seu PIB em 2019 teria sido de US$ 3 trilhões em vez de US$ 2,6 trilhões. 65% dessa diferença pode ser explicada pelas “três grandes” economias da África, com Egito e Nigéria entre as recentes desacelerações e a África do Sul entre as de crescimento lento.
Segundo a empresa, a África abriga a população mais jovem e de crescimento mais rápido do mundo, mas seu desempenho econômico ficou para trás.
Ele observou que, desde 1990, o PIB per capita do continente cresceu apenas 1% ao ano, em comparação com 5% da Índia e 8% da China.
Ele afirmou ainda que, enquanto 2000-2010 viu uma aceleração no PIB continental, o crescimento recuou em 2010-2019.
A Nigéria e outros 12 países africanos abrigam 37% da população do continente e representaram 46% de seu PIB em 2019.
Ele explicou que a desaceleração do crescimento econômico desses países durante a última década afetou o continente.
Ele disse: “Entre 2010 e 2019, o crescimento nesses países não acompanhou o crescimento populacional; no total, mais 27 milhões de pessoas neste grupo viviam na pobreza no final do período, e o crescimento do consumo per capita estagnou em 0,8% ao ano, em média.”
A McKinsey também observou que o declínio econômico da Nigéria teve o maior impacto na desaceleração da África, com o setor de serviços do país sendo responsável por 30% da desaceleração do ritmo econômico do continente.
Ele disse: “Seu setor de serviços sozinho foi responsável por 30 por cento da desaceleração do ritmo econômico do continente, já que sua taxa média de crescimento anual caiu de 11 por cento na década 2000-2010 para apenas três por cento entre 2010 e 2019.
“Essa queda reflete o declínio no comércio, responsável por um terço do PIB relacionado a serviços da Nigéria, atribuível ao crescimento mais lento dos gastos do consumidor em bens (de 10% de 2000 a 2010 para 2% ao ano de 2010 a 2019). O crescimento em outros setores de serviços, como imóveis e tecnologia da informação e comunicação (TIC), também desacelerou significativamente no mesmo período.