Faça aquele pedido Kuwait, O xeque Sabah al-Ahmad al-Sabah, morreu nesta terça-feira (29) aos 91 anos. Ele era um veterano da diplomacia do Golfo e viveu mais de cinco décadas de crises e conflitos.
“Com grande tristeza e pesar, lamentamos a morte do xeque Sabah al-Ahmad al-Sabah, emir do Kuwait”, disse o xeque Ali Jarrah al-Sabah, ministro encarregado dos assuntos reais, em uma transmissão de televisão.
Mesmo antes do anúncio oficial, a TV Kuwait interrompeu sua programação e transmitiu versos do Alcorão.
Localização do estado do Kuwait, na Península Arábica – Foto: G1
O emir viajou aos Estados Unidos no final de julho para continuar seu tratamento médico, segundo as autoridades, que não forneceram detalhes sobre a natureza de sua doença.
Não ficou claro se o emir ainda estava nos Estados Unidos quando morreu ou se já havia retornado ao seu país.
Após sua hospitalização no Kuwait em 18 de julho, o chefe de estado delegou alguns de seus poderes ao príncipe herdeiro, o xeque Nauaf Al-Ahmad Al-Jaber Al-Sabah. Este último, seu meio-irmão de 83 anos, irá sucedê-lo.
História de problemas de saúde
Em 2002, seu apêndice foi retirado e antes disso, em fevereiro de 2000, ele tinha um marca-passo cardíaco.
Em 2007, ele foi submetido a uma cirurgia do trato urinário nos Estados Unidos.
Em setembro de 2019, o emir foi submetido a exames médicos após sua chegada aos Estados Unidos, o que levou ao adiamento e posterior cancelamento de uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Sheikh Sabah foi considerado o arquiteto da política externa moderna do Kuwait, e foi um grande aliado do Estados Unidos e sim Arábia Saudita e manter boas relações com seu arquirrival, o Irã.
Sabah é o segundo líder influente a morrer este ano: o sultão Qabus de Omã faleceu em janeiro. Ambos foram considerados mediadores dos conflitos que marcam a região.
O Oriente Médio hoje é marcado por tensões entre os países da Península Arábica e o Irã, nessa disputa o xeque Sabah assumiu um papel de intermediário e pediu a redução das tensões no Golfo.
Sua morte “terá um impacto profundo, devido ao seu papel como diplomata e mediador regional, mas também como uma figura unificadora em seu país”, disse Kristin Diwan, do Instituto de Estados Árabes do Golfo, com sede em Washington.
“Os kuwaitianos apreciaram sua capacidade de manter o emirado fora de conflitos e rivalidades regionais”, acrescenta.
Estabilidade e normalização
Seu reinado foi marcado por distúrbios políticos: manifestações e prisões de opositores, além da queda do preço do petróleo, do qual o país depende.
Apesar de ser considerado um progressista, especialmente pelas reformas econômicas e sociais que realizou e pelos direitos das mulheres, rejeitou a legislação dos partidos políticos.
A política do sucessor não deve se afastar muito daquela do xeque Sabah. A normalização das relações com Israel permanece altamente impopular na sociedade kuwaitiana.
“A prioridade dos dirigentes será, primeiro, a estabilização interna e depois a das suas políticas regionais”, diz Diwan, que indica que as eleições parlamentares devem ocorrer dentro de dois meses e que não há sinais de mudança na posição do Kuwait. estandardização.
Sheikh coroado príncipe em 2006, Sheikh Nauaf Al-Ahmad Al-Jaber Al-Sabah ocupou vários cargos importantes no governo de seu país.
Quinto filho do xeque Al-Ahmad Al-Jaber Al-Sabah, que liderou o Kuwait de 1921 até sua morte em 1950, o xeque Nauaf foi ministro da Defesa em 1990, ano da invasão do emirado pelas tropas iraquianas sob Saddam Hussein.
Veja um relatório sobre a primeira guerra do Iraque.
Guerra no Iraque: fronteira entre Kuwait e Iraque (2003)