Líderes da caminhada boliviana entre Oruro e La Paz em defesa do Governo continua agregando milhares de novos participantes durante os 225 quilômetros do percurso, que inicia seu segundo dia hoje.
Setores sociais desta cidade vão aderir à chamada Marcha pela Pátria entre os dois departamentos, lançada na segunda-feira para chegar aqui no dia 29 de novembro, informou o deputado e representante das Yungas, Andrés Flores.
Uma caravana de La Paz se somará à mobilização ao chegar naquele dia à sede do governo para apoiar o presidente Luis Arce e o vice-presidente David Choquehuanca, acrescentou.
O legislador do Movimento ao Socialismo (MAS) lembrou que milhares de manifestantes saíram na véspera do município de Caracollo, em Oruro, em uma ação que defende a democracia e desafia “qualquer tentativa de desestabilização”.
O início da marcha foi liderado pelo Presidente Arce, pelo Vice-Presidente Choquehuanca e pelo líder do MAS-Instrumento Político pela Soberania dos Povos, Evo Morales.
Flores disse que entre as entidades que orientam a mobilização estão a Central Obrera Boliviana e o Pacto da Unidade, formado por entidades como a Confederación Sindical Única de Trabajadores Campesinos.
Também compõem a caminhada a Confederação Nacional das Mulheres Camponesas Indígenas-Bartolina Sisa e a Confederação Sindical das Comunidades Interculturais Indígenas, segundo a Agência Boliviana de Informação.
A lista das instituições sociais que compõem a Marcha pela Pátria – detalha a fonte – inclui o Conselho Nacional de Ayllus e Markas del Qullasuyu e a Confederação dos Povos Indígenas do Oriente Boliviano.
Arce exortou os bolivianos, especialmente aqueles que formam a enorme caminhada Oruro-La Paz, para preservarem a unidade em face dos ataques da oposição.
O presidente alertou que a direita trabalha para dividir o país e as organizações e afirmou que essa mobilização vai demonstrar coesão popular.
O primeiro presidente ratificou o compromisso democrático de resolver problemas e divergências por meio do voto, como aconteceu nas eleições de outubro de 2020 com a fórmula de Arce-Choquehuanca, que venceu com mais de 55% dos votos.
Arce rejeitou no início da caminhada uma proposta de federalismo do governador de Santa Cruz, Luís Fernando Camacho, e denunciou que a direita empunha, assim, outro tipo de projeto de divisão do povo.
O político de direita apresentou à imprensa uma iniciativa nesse sentido para o país andino e anunciou que iniciará um processo de socialização e consulta dessa ideia com departamentos, municípios, universidades e setores sociais.
O secretário executivo da Central Obrera Boliviana, Juan Carlos Huarachi, alertou que a proposta de Camacho “é uma tentativa de dividir o povo”. Fonte: (PL)