Uma das universidades de maior prestígio do Brasil encerrou um evento promocional em seu campus organizado por várias instituições de ensino superior israelenses, após protestos de manifestantes pró-palestinos.
A Universidade Estadual de Campinas, localizada perto de São Paulo e conhecida como Unicamp, cancelou inesperadamente a “Feira Universitária Israelense”, evento promocional anual agendado para aquele dia, na segunda-feira. Foi organizado pela Universidade de Haifa, a Universidade Hebraica de Jerusalém, a Universidade Bar Ilan e o Technion – Instituto de Tecnologia de Israel para atrair estudantes e estudiosos.
Dezenas de manifestantes se manifestaram em frente ao prédio até que a segurança do campus interveio e removeu os promotores das universidades israelenses, levando ao cancelamento do evento, informou o canal de televisão R7. O reitor da Unicamp, Tom Zé, rejeitou o pedido de ativistas pró-palestinos para que a universidade cancelasse o evento, mas disse apoiar o direito dos estudantes de se manifestarem contra.
A decisão de cancelar o evento foi tomada por questões de segurança, seu gabinete disse R7.
Os manifestantes acamparam do lado de fora do prédio e disseram que não sairiam enquanto os israelenses estivessem lá dentro. Eles rabiscaram bandeiras palestinas nas paredes e carregaram bandeiras palestinas enquanto entoavam slogans anti-Israel.
A Federação Israelita de São Paulo, ou FISEPS, condenou os manifestantes.
“Ele imagens de manifestantes que fomentam a hostilidade contra representantes de universidades israelenses é repugnante e deve ser firmemente investigado e condenado pelas autoridades e pela sociedade”, afirmou a FISEPS.
O Samidoun, um grupo internacional pró-palestino cujo capítulo no Brasil estava envolvido nos protestos na Unicamp, saudou o cancelamento como uma “vitória”. Masar Badil, outro grupo pró-palestino local, escreveu em nota que assim como o evento na Unicamp foi cancelado, “a entidade sionista e seu projeto colonial na Palestina cairão inevitavelmente”.