Lula expurgará polícia e exército de partidários do ex-presidente Bolsonaro

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, promete expurgar a força policial e militar do país de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro apoiados pelos EUA depois que as forças de segurança se recusaram a responder adequadamente à agitação destrutiva na capital por apoiadores de Bolsonaro.

Lula prometeu realizar o expurgo na quinta-feira, menos de uma semana depois que milhares de apoiadores do ex-chefe de Estado de extrema-direita invadiram o Congresso, o Supremo Tribunal e o palácio presidencial do país na ausência de muita resistência por parte. das forças de segurança.

“Tinha muita gente que era cúmplice disso entre os policiais militares. Tinha muita gente das Forças Armadas que era cúmplice”, disse Lula a repórteres.

“Estou convencido de que a porta do palácio foi aberta para deixar essas pessoas entrarem porque não vi que a porta estava quebrada”, acrescentou Lula.

A tropa de choque dispersou a multidão com gás lacrimogêneo e prendeu cerca de 1.800 manifestantes somente depois que Lula ordenou a intervenção do governo federal.

Enquanto isso, imagens compartilhadas nas redes sociais mostram alguns policiais tirando selfies com os manifestantes e conversando com eles em preparação para a confusão.

Lula também criticou o exército por se recusar a desocupar o acampamento de apoiadores de Bolsonaro fora de seu quartel-general há dois meses, onde eles convocaram o exército para derrubar Lula.

Comentando sobre o expurgo planejado por Lula, o chefe de gabinete presidencial, Rui Costa, disse que o governo agora enfrenta o desafio de realizar uma “descontaminação” das forças de segurança e responsabilizar os responsáveis.

“Temos várias instituições que foram contaminadas com o ódio de Bolsonaro pelos líderes golpistas de extrema direita”, afirmou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Os aliados fanáticos de Bolsonaro se recusam a aceitar sua derrota apertada nas eleições presidenciais de outubro contra Lula da Silva, 77, também ex-presidente.

Lula assumiu o cargo em 1º de janeiro, lançando uma enxurrada de críticas contra Bolsonaro pelo que chamou de flagrante má gestão dos assuntos do país por seu antecessor durante seu mandato.

Horas antes da monumental cerimônia de posse, com a presença de cerca de 30.000 brasileiros, Lula culpou Bolsonaro por trazer a fome de volta ao país, apesar de seu próprio governo presidencial durante o qual milhões foram retirados da pobreza.

Ele disse ter recebido um país arruinado, cujo governo anterior havia esgotado todos os recursos e minado os direitos humanos.

O líder esquerdista também acusou o governo “negacionista” de Bolsonaro de cometer “genocídio” ao não responder adequadamente à pandemia do COVID-19, que já matou mais de 680.000 brasileiros.

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