Na musica Um grito através das cinzas, o que Luan Santana recentemente composto em associação com Matheus Marcolino para chamar a atenção para o projeto que você criou, #OPantanalChamaEle diz que tem “sangue nativo” – ele nasceu no Mato Grosso do Sul – e “queria ser chuva”, mas que só vê cinzas no Pantanal.
Mais objetivamente, o alívio que a cantora quer oferecer virá Ao vivo o que você vai fazer nisso Domingo, 22, às 17h00 direto da região, quando pedirá a seus partidários e apoiadores da causa que doem recursos ao instituto SOS Pantanal, que luta para minimizar os danos causados pelos incêndios recordes que atingiram a região este ano e ajudam os animais e a população do Pantanal.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), só no mês de agosto os incêndios no Pantanal aumentaram 300% em relação ao mesmo período do ano passado.
As quatro horas ao vivo serão transmitidas através do Youtube o cantor e o canal Geografia nacional. “Os incêndios me afetaram de tal forma que eu queria me juntar às ONGs e criar um movimento para ajudá-las”, explica Luan, em entrevista ao Status. Também ao vivo, Luan criou estampas de camisetas que estão à venda em seu site e vai leiloar a fantasia que usou na gravação do DVD. Viver. A meta de Luan é arrecadar R $ 8 milhões para o projeto.
Luan conta que sonhou várias vezes com a triste imagem de uma onça com as pernas queimadas no meio de uma fogueira no Pantanal. Na semana passada, a cantora visitou a região de Corumbá e viu de perto as carcaças de animais que não resistiram ao fogo. Em conversa com biólogos, fiquei sabendo que algumas espécies de animais podem ter sido extintas pelo fogo e que a recuperação do bioma será lenta.
Aos 29 anos, o cantor, que busca seu espaço no mercado internacional, garante que reflete seus passos na carreira de Roberto Carlos. Nas ações sociais, ele tem como exemplo o irlandês Vinculopelo U2. Com mais de 29 milhões de seguidores no Instagram, Luan sabe que sua voz tem força. “Meu trabalho me ajuda como formador de opinião a abraçar as causas nas quais acredito. Sou um homem sensível aos problemas da humanidade ”.
Você nasceu no Mato Grosso do Sul. Imagino que você tenha uma ligação com o Pantanal. Na música, você diz que sua “música é um grito das cinzas do que era sua casa”. Como os incêndios recentes afetaram você?
Meus melhores momentos em família quando criança, as melhores férias, estavam lá. Foi no Pantanal que aprendi a pescar, devolvendo à natureza o que pescamos, claro. Tive a honra de visitar e curtir o Pantanal diversas vezes. É um contato tão forte com a natureza que você sente em conexão direta com Deus. Os incêndios me afetaram de tal forma que eu quis me juntar às ONGs e criar um movimento de ajuda.
O que você sentiu ao ver, por exemplo, a imagem de uma onça com as pernas queimadas pelo fogo?
Senti tanta dor, sonhei várias vezes … Toque a alma. Sempre fui muito apegado à natureza. Se eu não fosse cantora, seria bióloga. Minha preocupação são os disparos recordes este ano.
O que o motivou a fazer isso ao vivo em benefício do Pantanal?
Não há como ficar sem palavras diante dessa tragédia. Queria que todos os brasileiros abraçassem a causa. Andaremos 12 horas rio abaixo até o local ao vivo. Sem internet, com um sistema inédito para poder transmitir do meio do rio Paraguai não só um show histórico, mas uma forma de transformar a música em grito para engrossar esse grito de socorro entre as cinzas.
Quais serão as ações do movimento Pantanal Chama?
O objetivo é arrecadar recursos para a recuperação da região e a prevenção de possíveis novos incidentes que castiguem essas terras e seu entorno. Pretendo arrecadar pelo menos R $ 8 milhões com todas as ações do movimento, até ao vivo, que serão enviadas para a SOS Pantanal, entidade que tem auxiliado várias iniciativas voltadas para a recuperação e preservação do bioma.
Acompanhou a degradação da região?
Sim, está claro para ver a mudança que nosso bioma está passando. O Pantanal é diretamente influenciado por três importantes biomas brasileiros: Amazonas, Cerrado e Mata Atlântica. Apesar de sua exuberante beleza natural, o bioma tem sido impactado pela ação humana, principalmente pela atividade agrícola, o que faz com que eu, minha família, todos os brasileiros, indígenas e quilombolas também tenham grande influência nesse processo.
Isso ajudou a região de alguma forma?
Natural de Campo Grande e padrinho do Instituto Arara Azul (que preserva o pássaro em seu habitat natural) há seis anos, quis ampliar o abraço de que a minha região tanto precisa. Não é hora de medir esforços para salvar tantos animais e tantas pessoas que sobrevivem das riquezas ciliares produzidas pela fauna e flora local.
Foi cogitado para participar do remake da novela ‘Pantanal’. Você planeja aceitar o convite?
O convite nunca chegou até mim. Eu aceitaria imediatamente se o convite viesse.
Você é um ídolo da juventude e uma ação como essa ao vivo pode influenciar milhões de pessoas, principalmente jovens. Como você gerencia esse problema?
Meu trabalho me ajuda, como formador de opinião, a abraçar as causas nas quais acredito. Eu me considero um homem sensível aos problemas da humanidade. Gosto dessa conexão com o público, com as pessoas e dessa troca de opiniões. Precisamos nos unir e dar voz a outras pessoas e causas importantes.
Nos últimos anos, vem atuando e firmando parcerias com o mercado internacional. Quais são seus planos para uma carreira internacional?
Acabei de voltar do México, onde conheci alguns produtores e músicos latinos. Fui com meu produtor e dois outros compositores do Brasil e foi muito inspirador. Muitos meses se passaram no Brasil, e em casa, por causa da cobiça. Sair por aí, respirar ar puro, até ajuda na criatividade e na inspiração.
Existe algum cantor ou artista que você admira?
Na minha carreira, Roberto Carlos. Nas ações sociais, Bono.
Recentemente, alguns de seus fãs-clubes reivindicaram mais de seu conteúdo nas redes sociais.
Eu estava no México e descobri muito depois. Quando voltei, eles já haviam postado um pedido de desculpas pela atitude. Eu acho que o amor entre artistas e fãs é incondicional. E assim seja, amém!