O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) apresentou uma emenda supressora para anular todos os artigos da Medida Provisória 298 que tratam da suspensão do prazo para responder às organizações formuladas pela Lei de Acesso à Informação (LAI) ) Segundo o parlamentar, a proposta apresenta uma “mancha severa” ao garantir transparência e publicidade dos órgãos públicos.
“É inaceitável que a garantia constitucional de publicidade para atos administrativos e acesso à informação seja violada por uma Medida Provisória, especialmente em um momento tão delicado quanto o atual”, disse Kim, em uma justificativa apresentada na emenda.
Segundo o deputado, o estado de calamidade pública impõe, de fato, medidas excepcionais, como a tarefa, no entanto, “não há obstáculo para negligenciar garantias constitucionais e suprimir informações essenciais”.
A MP 298 foi emitida pelo governo Bolsonaro na noite de segunda-feira 23 e permite que órgãos públicos quebrem o prazo estabelecido por lei para responder a solicitações de cidadãos por meio da LAI. A proposta também impede que os candidatos com seus pedidos suspensos apelem em outra instância, impossibilitando a Controladoria Geral da União (CGU) de analisar a conformidade com o LAI.
Deputado federal Kim Kataguiri, em sessão plenária da Câmara dos Deputados, em Brasília. Foto: Dida Sampaio / Estadão
Por meio das redes sociais, o Ministro da Controladoria Geral da União (UGE) divulgou um vídeo indicando que as medidas, sim, atrasarão a resposta a alguns pedidos, mas que tudo está “fundamentado”.
No entanto, especialistas criticaram o ministro por não explicar claramente a parte controversa da medida, como a falta de recursos nas solicitações suspensas pelos critérios do MP e como isso afeta a própria UGC, que tem a obrigação de controlar o cumprimento das normas. o LAI.
A edição MP 298 foi severamente criticada por entidades de direitos humanos e transparência, incluindo a Associação Brasileira de Jornalismo e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
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