O mistério em torno do paradeiro do ilusório CEO da Mirror Trading International (MTI) Johann Steynberg foi respondido.
Segundo a Polícia Militar brasileira, ele foi preso na semana passada na província de Goiás, região central do Brasil, por uso de documento falso.
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Brandon Topham, chefe de fiscalização da Autoridade de Conduta do Setor Financeiro (FSCA), diz que sua equipe foi notificada por Hawks da África do Sul da prisão de Steynberg no país sul-americano.
Moneyweb entrou em contato com os Hawks, mas ainda não recebeu uma resposta.
De acordo com reportagens da imprensa brasileira, a polícia encontrou Steynberg em posse de duas identidades falsas, dois laptops, um telefone celular e seis cartões de crédito.
“O criminoso foi apresentado à Superintendência da PF para cumprir mandado de prisão internacional e multa pelo crime de uso de documento falso”, diz um declaração emitida pela Polícia Militar de Goiás.
“Cartões de crédito, cadernos e identidades falsas foram apreendidos.”
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O suspeito foi identificado pela imprensa brasileira como Steynberg. Ele foi preso na região do Alto da Glória e transferido para a Superintendência da Polícia Federal em Goiânia.
Já se passou quase um ano desde que Steynberg fugiu da África do Sul, interrompendo repentinamente o golpe do bitcoin da MTI.
A MTI foi colocada em liquidação provisória em dezembro de 2020 e em liquidação final em julho de 2021.
Centenas de milhares de pessoas em todo o mundo foram sugadas para o esquema que prometia retornos de até 10% ao mês.
Os investidores tiveram que enviar bitcoins (BTC) para participar do esquema. Apesar dos repetidos avisos do FSCA, o esquema tornou-se o que Chainalysis chamou de o maior criptograma de 2020, devido em grande parte ao marketing agressivo e às comissões de 10% sobre quaisquer novos clientes introduzidos.
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Site brasileiro Cryptofacil.com relataram que Steynberg foi preso na região do Alto da Glória e encaminhado à Superintendência da Polícia Federal em Goiânia, região central do Brasil.
O capitão de Goiânia, Johnathan Andrade, afirmou que a equipe foi informada pela primeira vez que um cidadão estava usando documentação falsa. Então, eles monitoraram o suspeito por dois dias, mas durante esse período, não fizeram nenhuma abordagem.
“Então eles entenderam que ele era o suspeito de cometer uma fraude financeira multimilionária na África do Sul”, disse o capitão.
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“Tentamos identificá-lo primeiro. Trocamos informações com a Polícia Federal e, no momento oportuno, fizemos a abordagem. Ele apresentou um documento falso sobre a abordagem. Mas como já sabíamos quem ele era, o levamos para a Superintendência da Polícia Federal em Goiás ”, explicou o capitão.
Andrade lembrou que o suspeito é procurado pela Interpol e pelo FBI.