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NOVA YORK – A inflação foi a mais alta em 15 anos em algumas das maiores economias da América Latina no ano passado, mas políticas monetárias confiáveis mantiveram as expectativas de aumento de preços a longo prazo ancoradas, disse o Fundo Monetário Internacional em um post de blog nesta segunda-feira.
Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru viram os preços subirem 8,3% em 2021, o maior aumento em 15 anos e maior do que em outros mercados emergentes, disse o FMI.
A Argentina, outra grande economia da região, viu a inflação subir mais de 50% no ano passado.
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Além do aumento dos preços das importações e das commodities, disse o FMI, a fraqueza cambial e a demanda reprimida do consumidor, os aumentos embutidos que se ajustam à inflação elevaram ainda mais os preços em alguns casos na América Latina.
Mas no Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru, os bancos centrais ganharam credibilidade quando as taxas de juros subiram no ano passado entre 1,25 e 7,25 pontos percentuais. O aperto nas políticas, juntamente com as orientações futuras, ajudaram a manter as expectativas de inflação ancoradas, disse o Fundo.
“As expectativas de inflação de longo prazo permanecem relativamente bem ancoradas, o que reflete a confiança na política monetária para trazer a inflação de volta às metas. No entanto, as expectativas de inflação de curto prazo estão elevadas, sugerindo a necessidade de vigilância contínua”, disse o FMI.
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A política monetária mais rígida nos Estados Unidos, que normalmente aumenta a pressão sobre a América Latina e outros mercados emergentes, é outra variável que a região precisa levar em consideração.
“Os formuladores de políticas podem se preparar para o aperto da política monetária dos EUA estendendo os vencimentos da dívida pública, reduzindo as necessidades de rolagem fiscal de forma mais geral e limitando o acúmulo de descasamentos cambiais nos balanços do setor financeiro sempre que possível”, disse o FMI.
TENSÃO SOCIAL DEMORA
As pressões de preços juntamente com um calendário eleitoral movimentado este ano e uma desaceleração do crescimento continuam a manter a agitação social como um alto risco regional.
“A pandemia atingiu após um ano de agitação social generalizada na região, que se acumulou durante anos de estagnação econômica após o fim do boom das commodities. Com um calendário eleitoral pesado se aproximando, a agitação social continua sendo um grande risco e a desigualdade precisará ser abordada”, disse o FMI.
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Brasil, Colômbia e Costa Rica elegerão presidentes este ano, enquanto referendos e eleições locais são esperados no Chile, Uruguai, México e Peru.
DESATIVAÇÃO DO CRESCIMENTO
O FMI na semana passada https://www.reuters.com/world/americas/imf-cuts-2022-latam-growth-forecast-mexico-brazil-take-big-hits-2022-01-25 baixou sua expectativa para 2022 Crescimento do PIB na América Latina e no Caribe em 0,6 ponto percentual para 2,4% neste ano, após uma recuperação estimada de 6,8% em 2021.
O Fundo citou um crescimento mais lento na China e nos Estados Unidos, gargalos logísticos e o surgimento da variante Omicron em seu rebaixamento regional.
Isso deixou a região enfrentando o que o Fundo chama de três grandes desafios: garantir a sustentabilidade das finanças públicas, aumentar o potencial de crescimento e fazê-lo de uma forma que promova a coesão social e aborde as desigualdades sociais.
“Enfrentar esses desafios, que começaram antes mesmo da pandemia, levará tempo. Os formuladores de políticas devem começar agora a desenvolver uma estratégia abrangente para abordá-los e construir um consenso social em torno dessa estratégia”, disse o Fundo.
(Reportagem de Rodrigo Campos, Edição de William Maclean)
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