INB assina acordos durante conferência de comércio nuclear no Brasil

INB assina acordos durante conferência de comércio nuclear no BrasilAs Indústrias Nucleares do Brasil (INB) assinaram quatro contratos e dois acordos durante a abertura do Nuclear Trade & Technology Exchange (NT2E). A feira bienal de negócios e tecnologia para o setor nuclear, promovida pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN), é o maior evento nuclear da América Latina. Atraiu muitas empresas líderes como Framatome, Rosatom, Westinghouse, Holtec, ENBPar, Eletronuclear, Amazul, Andrade Gutierrez, Nuclep, BNDES e Sebrae.

A INB assinou três contratos com a Westinghouse. Em um deles, a Westinghouse contratará a INB para fornecer mão de obra especializada para manuseio de combustível nos Estados Unidos. Nos outros dois, a INB contratou a Westinghouse para fornecer componentes metálicos e varetas de gadolínio para os refis de Angra 1 e para o desenvolvimento de um projeto do “ componente de grau de proteção” para elementos combustíveis.

A INB também assinou dois convênios com o Instituto Brasileiro de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) para uma parceria de pesquisa e desenvolvimento de estudos e tecnologias relacionadas à produção de elementos combustíveis.

Também foi assinado contrato com a Rosatom/Tenex, para fornecimento de UF6 natural (hexafluoreto de urânio). Segue-se uma licitação vencida no ano passado para o fornecimento de 330 toneladas de UF6 ao Brasil. O vice-diretor geral da Rosatom, Kirill Komarov, disse: “Continuamos a desenvolver a cooperação com a empresa brasileira INB no fornecimento de produtos de urânio. No ano passado, vencemos uma licitação internacional e assinamos um contrato para o fornecimento de serviços de enriquecimento de urânio. urânio. Mais um contrato de fornecimento de urânio natural foi assinado hoje no Rio de Janeiro.”

Durante a abertura do evento, o presidente da ABDAN, Celso Cunha, afirmou que o Brasil tem uma missão importante: convencer o governo de que o país pode se tornar um dos maiores players do mundo no setor nuclear. O Brasil tem a sexta maior reserva de urânio do mundo, já produz combustível nuclear e tem capacidade para expandir essa produção, afirmou.

Cunha disse que, em seu plano energético de 10 anos, o Brasil contempla a construção de uma nova usina nuclear de 1.000 MWe, além da conclusão da unidade 3 da usina nuclear de Angra. Ele acrescentou que a tecnologia nuclear também tem papel fundamental no diagnóstico e tratamento de doenças, principalmente no combate ao câncer. destacou a relevância dessa tecnologia para a saúde pública e o avanço da medicina no Brasil.

Kirill Komarov observou o papel do apoio estatal a projetos nucleares: “Existem vários líderes mundiais na construção de usinas nucleares, incluindo China, Índia, Rússia e alguns países do mundo árabe. Os governos de todos esses países fornecem apoio considerável a projetos nucleares e também estão diretamente envolvidos em sua implementação. O desenvolvimento da energia nuclear é certamente impossível sem o apoio do governo.”


Imagem: INB fecha diversos contratos e acordos no NT2E, maior evento nuclear da América Latina (cortesia da INB)

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