SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta quarta-feira (9) após os futuros das bolsas de valores dos Estados Unidos, que corrigem prejuízos após uma sequência péssima de pregões impulsionada pela venda de ações de empresas de alta tecnologia.
Nas baixas da sessão de ontem, Facebook, Amazon, Apple, Tesla, Microsoft, Alphabet (controladora do Google) e Netflix perderam mais de US $ 1 trilhão em valor de mercado em comparação com 2 de setembro.
Foi daí que saiu o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu para 0,24% em agosto em relação a julho, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o maior resultado de um mês em agosto desde 2016, quando o IPCA estava em 0,44%. No ano, o indicador acumula alta de 0,70%. Em agosto de 2019, a variação havia sido de 0,11%.
Às 09h09 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para outubro tinha alta de 0,93%, a 101.030 pontos.
O dólar futuro para outubro cai 0,49%, para R $ 5,34.
No mercado de juros futuro, o DI de janeiro de 2022 cai três pontos base para 2,80%, o DI de janeiro de 2023 perde quatro pontos base para 4,00%, o DI de janeiro de 2025 opera com desvalorização de três pontos base em 5,80% e o DI de janeiro de 2027 varia negativamente em quatro pontos base em 6,74%.
Os investidores também acompanham a suspensão dos estudos clínicos da vacina Covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, e que também está sendo testada no Brasil. Antes, o ministro da Saúde em exercício, Eduardo Pazuello, havia dito que o governo pretendia iniciar a vacinação em janeiro do próximo ano.
No Brasil, o debate sobre medidas para conter a inflação de alimentos está ganhando impulso, o que pode motivar a redução das tarifas de importação.
Os preços do petróleo, por outro lado, mostram recuperação, após um dia de fortes quedas. O WTI subiu 2,09%, cotado a US $ 37,53 o barril, enquanto o Brent – usado como referência pela Petrobras – avançou 1,38%, a US $ 40,33 o barril.
Vacina suspensa
Investidores acompanham a suspensão dos estudos clínicos da vacina Covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, e que também está sendo testada no Brasil.
Vale destacar que, na véspera, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, havia dito que o governo pretendia iniciar a vacinação em janeiro do próximo ano.
A suspensão ocorreu sob suspeita de uma reação adversa grave em um dos voluntários participantes no Reino Unido. A informação foi divulgada ontem à tarde em um site norte-americano e confirmada pela empresa e órgãos governamentais.
“Como parte de um ensaio global randomizado e controlado da vacina contra o coronavírus Oxford, nosso procedimento de revisão padrão causou uma pausa na vacinação para permitir a revisão dos dados de segurança”, relatou a AstraZeneca.
“Essa é uma ação rotineira que deve ocorrer sempre que houver um possível problema de saúde inexplicável em um dos exames, enquanto está sendo investigado, garantindo que a integridade dos exames seja mantida”, prossegue o comunicado.
O número total de mortes por Covid no Brasil chega a 127.464, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde.
Inflação
Outra questão é o debate sobre a alta dos preços dos alimentos no Brasil, causada pela desvalorização do real frente ao dólar e pela forte demanda externa por alimentos, principalmente da China.
Para conter o movimento inflacionário, o presidente Jair Bolsonaro pretende zerar o imposto sobre a importação de produtos, segundo o Folha de S.Paulo. A ideia é propor à Câmara de Comércio e Estrangeiros uma tarifa zero de importação para arroz de países fora do Mercosul.
O governo planeja uma reunião para tratar do assunto ainda nesta semana, o que pode acontecer na próxima sexta-feira (11). Produtos como milho e soja podem receber o mesmo tratamento para evitar preços elevados. A taxa de importação para países fora do Mercosul é de 12% para arroz e 8% para soja e milho. Dentro do bloco, a taxa é zero.
Ontem, o presidente pediu novamente aos varejistas que cortassem seus lucros com a venda de alimentos. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que o preço do arroz está alto, mas que não faltarão produtos no mercado nacional. Ele disse ainda que as expectativas para a safra de arroz em 2021 são muito favoráveis.
O mercado segue acompanhando a questão da extensão da desoneração da folha de pagamento, o que criou um impasse entre governo e Congresso. A medida terminaria no final de dezembro, mas o Congresso a prorrogou por mais um ano para estimular a manutenção dos empregos.
A iniciativa, porém, foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro. Sem acordo com os parlamentares, a sessão para considerar o veto já foi adiada várias vezes. Por enquanto, a perspectiva é que o veto seja analisado na próxima semana, segundo o jornal. Ou balão.
Os integrantes da equipe econômica já admitem a possibilidade de abrir espaço no Orçamento para mais um ano de regime. Agora, o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), já vê a possibilidade de revogação de uma proibição negociada.
Radar corporativo
Um dos destaques do noticiário corporativo de hoje é a notícia de que os credores da Oi aprovaram a alteração do plano de recuperação judicial da empresa. A decisão foi tomada em reunião virtual de credores que durou 12 horas.
Com a mudança de plano, em vigor desde 2017, a empresa permite a venda de ativos como redes móveis, torres, data centers e parte da rede de fibra óptica, arrecadando mais de R $ 22 bilhões.
Ainda no radar dos mercados, a Petrobras iniciou uma fase de vinculação para a venda de ativos na Bacia de Santos. Entre as recomendações, o Deutsche Bank levantou a recomendação para os ativos das companhias aéreas Azul e Gol.
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