Ibovespa Futuro cai com investidores alertas a possíveis estímulos nos EUA e nova CPMF no Brasil; o dólar futuro sobe

(Austin Distel / Unsplash)

SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre no outono desta sexta-feira (25) enquanto o mercado aguarda as notícias do difícil acordo entre democratas e republicanos sobre estímulos nos Estados Unidos.

Os democratas estão preparando um pacote de US $ 2,4 trilhões que pode ser votado na próxima semana, de acordo com a CNBC. A medida incluiria apoio às companhias aéreas e maiores benefícios de desemprego, mas o valor é muito maior do que o que os republicanos dizem apoiar.

Aqui, a informação é que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pode aceitar a nova CPMF em troca de apoio governamental ao seu projeto de reforma tributária. Embora ainda seja contra o novo imposto, Maia daria ao governo a chance de convencer os parlamentares de que esse imposto é menos prejudicial do que os atuais impostos sobre a folha de pagamento.

No entanto, a segunda onda de coronavírus na Europa continua preocupando os investidores.

Às 09h10 (horário de Brasília), o índice futuro de outubro registrava queda de 0,48%, para 96.485 pontos. É importante lembrar que antes do final de semana muitos investidores se posicionaram para não serem surpreendidos por notícias negativas nos dias de fechamento da bolsa.

Já o dólar futuro com o mesmo vencimento registrou alta de 0,65%, para R $ 5,546.

No mercado de juros futuros, o DI de janeiro de 2022 sobe três pontos-base para 2,85%, o DI de janeiro de 2023 avança quatro pontos-base para 4,26%, o DI de janeiro de 2025 sobe cinco pontos-base em 6,24% e o DI de janeiro de 2027 registrou variação positiva de seis pontos base em 7,23%.

Também no Brasil, funcionários do governo pediram ontem a suspensão da votação sobre a extensão do seguro-desemprego para aqueles que foram demitidos durante a pandemia de covid-19. Segundo o Estadão, a equipe econômica não é contra a medida, mas pediu o prazo de 15 dias para apresentar uma nova proposta.

Também chama a atenção um projeto de lei proposto pelo Judiciário ao Congresso, que permite retirar mais de R $ 500 milhões do teto de gastos.

Despesa de teto

No noticiário nacional, funcionários do governo pediram ontem a suspensão da votação sobre a extensão do seguro-desemprego para aqueles que foram demitidos durante a pandemia covid-19.

De acordo com Status, a equipe econômica não é contra a medida, mas solicitou o prazo de 15 dias para apresentar nova proposta. O projeto prevê a prorrogação do pagamento do seguro em mais duas parcelas.

O custo de cada parcela adicional é de R $ 8,35 bilhões. A proposta das centrais sindicais é o pagamento de duas cotas adicionais, o que significaria uma despesa extra de R $ 16,7 bilhões.

Chama também a atenção o projeto de lei proposto pelo Judiciário ao Congresso, que permite retirar mais de R $ 500 milhões do teto de gastos. De acordo com Folha de S.Paulo, a autoria pertence ao Conselho Nacional de Justiça.

O projeto de lei propõe que o produto arrecadado com as custas judiciais seja utilizado pela Justiça fora do limite estabelecido pela norma. Em 2018, a Justiça Federal e a Justiça do Trabalho arrecadaram R $ 576,3 milhões em despesas. Ainda assim, segundo o jornal, a ideia foi recebida com surpresa pelo Ministério da Economia, que considera o texto inconstitucional.

Além disso, outro destaque é o plano do ministro da Economia, Paulo Guedes, de cortar as contribuições do Sistema S e do Simples Nacional. A ideia faz parte do pacote de medidas que inclui a criação de uma nova CPMF para permitir a desoneração do imposto sobre a folha de pagamento.

No caso do Sistema S, Guedes pretende reduzir em 40% as taxas pagas pelas empresas para cada salário acima do mínimo, segundo o Folha de S.Paulo.

Para quem ganha até esse nível, a contribuição será suspensa. Com o corte esperado, a taxa média cairia de 2,5% para 1,5%. Esse patamar está acima do corte idealizado no passado pelo ministro, que estimava em cerca de 30%. Essa arrecadação movimenta cerca de R $ 17 bilhões por ano.

IPO

Ontem o IPO da Caixa Seguridade foi suspenso. No dia anterior, o banco BR Partners retirou a oferta. Além disso, seis empresas já haviam baixado o piso de sua faixa inicial de preços de ações. De acordo com Valor Econômico, agora as empresas estão considerando suspender ou reduzir os volumes devido ao excesso de oferta e volatilidade.

Outro destaque é que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai liberar US $ 750 milhões, cerca de R $ 4 bilhões, para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ofereça linhas de crédito a mais de 11 mil micro, pequenas e médias empresas.

De acordo com G1por outro lado, o BNDES contribui com US $ 150 milhões, totalizando quase R $ 5 bilhões para o programa. O objetivo é apoiar esses negócios em meio à crise gerada pela pandemia do coronavírus.

Ontem, o governo federal emitiu uma medida provisória para liberar R $ 2,5 bilhões para o país aderir ao Covax Facility, consórcio global de governos e fabricantes para promover o desenvolvimento de vacinas contra o covid-19.

De acordo com O Estado de S.Paulo A medida permitirá ao Brasil adquirir vacinas para imunizar 10% da população até o final de 2021, permitindo atender populações consideradas prioritárias.

Além disso, o presidente Bolsonaro será operado hoje para remover uma pedra de sua bexiga. O procedimento deve ser realizado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. De acordo com Folha de S.Paulo, deve retornar a Brasília no sábado.

Radar corporativo

No noticiário corporativo, os acionistas da Tecnisa rejeitaram as alterações propostas pela Gafisa para unir as duas empresas. Além disso, a Vulcabras Azaleia licenciou a marca Azaleia para a Grendene por um período de três anos.

Ao mesmo tempo, a oferta de ações da Melnick Even foi cotada a R $ 8,50 por ação. O valor é o piso da faixa indicativa de preços, que passou para R $ 12,50. A Tenda anunciou o pagamento de dividendos, enquanto a Vale anunciou a remuneração dos titulares das debêntures.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) de São Paulo rejeitou uma série de denúncias movidas contra o Magazine Luiza, acusando a varejista de racismo por ter criado um programa de estágio voltado exclusivamente para negros, segundo O Globo.

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