No Brasil, uma suspensão temporária está se aproximando para uma opção de pagamento popular e, por extensão, uma interrupção no próprio comércio.
Mas, para além do facto de os legisladores brasileiros estarem a considerar a suspensão do sistema de pagamentos instantâneos Pix do país, há um ponto chave a considerar, nomeadamente as vulnerabilidades inerentes ao próprio ecossistema de pagamentos instantâneos.
No Brasil, o sistema de pagamento móvel Pix está em operação há pouco mais de um ano. Em termos de escala e volume, ele processa mais de 1 bilhão de transações por mês para mais de 112 milhões de usuários.
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Mas em meio a um surto de crimes financeiros, a legislação pode abrir caminho para pausar esses pagamentos, pelo menos até que os legisladores resolvam algumas das vulnerabilidades.
Até agora, a proibição proposta estaria vinculada ao estado de São Paulo, o que significa que o hiato pode não ser uma interrupção em todo o país.
Mas, se a cautela reinar, então pode ser que a proibição seja estendida, impedindo os bancos e outras instituições de processar pagamentos por meio do Pix até que o Banco Central resolva as questões de segurança.
Qualquer pausa provavelmente diminuiria o ímpeto da plataforma, e esse ímpeto foi inebriante. Conforme relatado pela Bloomberg, US $ 89 bilhões foram transferidos pela rede, indicando que os pagamentos instantâneos feitos por meio de dispositivos móveis realmente pegaram.
“Esperávamos uma aceitação considerável das pessoas e sabíamos que as empresas viriam mais tarde”, disse Carlos Eduardo Brandt, chefe de administração e operações da Pix, à agência de notícias. “Mas em termos de magnitude, ficamos surpresos.”
No entanto, o crime disparou tanto que o sequestro está se tornando um método pelo qual os criminosos simplesmente levam suas vítimas aos caixas eletrônicos e as forçam a transferir seus títulos de contas por meio do aplicativo.
Transferências de pessoa para pessoa agora são um alvo maduro, e pagamentos mais rápidos, como dizem, equivalem a fraudes mais rápidas. Qualquer interrupção, por mais breve que seja, pode prejudicar a confiança e o ímpeto, e isso pode ser um obstáculo para as empresas que buscam impulsionar a adoção de pagamentos em tempo real no Brasil.
Por exemplo, a Thunes, empresa global de pagamentos com sede em Cingapura, recentemente fez parceria com a plataforma de pagamentos digitais internacionais com sede no Brasil, Bexs Banco, para fazer mais pagamentos em tempo real para o Brasil.
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A parceria traz maior velocidade e transparência às transações recebidas para destinatários brasileiros por meio do Thunes, e os mais de 112 milhões de usuários da Pix receberão pagamentos instantâneos e interoperabilidade entre bancos brasileiros e FinTechs.
“Fomos o primeiro provedor de pagamentos no Brasil a integrar a tecnologia Pix em transações internacionais”, disse Luiz Henrique Didier Jr., CEO da Bexs, no anúncio de dezembro entre as empresas. “Agora operamos com Thunes, que processa pagamentos para jogadores globais em várias tecnologias importantes, bancos digitais e plataformas de remessas internacionais.”
Uma redução nos pagamentos instantâneos de Pix poderia fazer muito para resolver os problemas de segurança, mas um efeito inibidor pode ser generalizado.
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Sobre: Este relatório representa a edição inaugural do TechREG ™ Chronicle. A regulação dos negócios digitais desponta como um dos temas emblemáticos do nosso tempo. Através desta nova publicação procuramos contribuir para o debate e discussão sobre quando, como e quando não regulamentar as empresas digitais e as principais tecnologias que utilizam.