Estatísticas mais recentes sobre os esforços para reduzir o backlog e o caminho a percorrer

“O plano de combate ao atraso no INPI já resultou em uma redução de mais de 60% dos pedidos de patentes pendentes”.

https://depositphotos.com/23437260/stock-photo-the-brazilian-flag.htmlHá quase dois anos, o Instituto Brasileiro de Patentes e Marcas (INPI) lançou um plano para reduzir o atraso no exame de pedidos de patentes, que teve resultados positivos. Como parte dessa importante iniciativa, no início de 2021, o INPI divulgou seu plano de ação para o ano, indicando suas intenções de aumentar a eficiência dos serviços oferecidos pela instituição por meio de novas metas de desempenho.

Resultados impressionantes

O plano de combate ao atraso já resultou em uma redução de mais de 60% nos pedidos de patentes pendentes. Isso teve um efeito positivo sobre a credibilidade do sistema de patentes brasileiro em nível nacional, mas também contribuiu para melhorar a atratividade nacional e internacional do setor, possivelmente proporcionando um maior incentivo à proteção de patentes no Brasil.

O plano para reduzir o backlog foi expandido para incorporar todos os pedidos de patentes com datas de depósito até 31 de dezembro de 2017. Em 2020, o backlog foi reduzido em aproximadamente 51%. Com uma redução de 60,6% já alcançada em maio de 2021, as reduções anuais para 2021 deverão atingir 66,5% no segundo trimestre e 74% no terceiro trimestre, atingindo assim a marca de 80% no final de 2021.

Até o final de 2021, o INPI também estima que 30.000 pedidos de patente serão decididos, sendo que o tempo total para concluir o exame técnico de um pedido de patente será de quatro anos a partir da data do depósito.

A análise dos últimos cinco anos indica que o número de decisões publicadas pelo INPI aumentou de 7.152 em 2015 para 51.588 em 2020, o que representa um acréscimo de mais de 86%. Entre esses anos foi observada a seguinte evolução: 8.598 em 2016, 12.925 em 2017, 17.770 em 2018 e 27.363 em 2019.

O tempo médio entre o pedido de exame e a publicação de uma decisão foi reduzido de mais de 7 anos em 2015-2017 para 5,24 anos em 2020.

O tempo médio entre o pedido de exame e a primeira ação de escritório publicada atingiu o pico de 7,16 anos em 2017, mas diminuiu para 4,69 anos em 2019, atingindo 3,30 anos em 2020, quase metade do número em 2018 (6,94 anos).

Ampliando os dados acima mencionados, ao analisar as publicações de decisão, em 2019, ano em que começou o plano de combate ao atraso, houve um aumento de 125% em relação a 2018 nas decisões de dieta e de rejeição e mais 450% nas parcelas finais. Em comparação com os dados de 2015, os números de 2019 representaram um aumento de 307% nas decisões de alocação e rejeição e 1,302% nos lapsos finais.

Em 2020, os dados também se revelaram bastante significativos; As publicações de decisão representaram um aumento de 150% em relação a 2019 e 462% em relação a 2015, apresentando um desempenho superior ao alcançado em 2019.

Por fim, em termos de lucro anual dos últimos cinco anos, a taxa de crescimento das decisões publicadas ronda os 48%. Isso significa que o INPI aumentou sua capacidade de publicar decisões de exames quase pela metade a cada ano.

Planejando para o futuro

Em geral, o plano do INPI para 2021 inclui: crescimento a taxas ou acima de 15% em todos os ativos de propriedade industrial; Redução de 80% na carteira de exames de pedidos de patentes; decisões sobre exames prioritários de pedidos de patentes em até 12 meses; Aumento de 11,4% nas rendas de serviços; e um aumento de 22,4% na receita operacional em relação a 2020.

Além de otimizar os serviços internos, o INPI anunciou sua intenção de colaborar como parte contratante de acordos internacionais, como a Apostila de Haia e o Tratado de Budapeste.

Portanto, enquanto o plano de ação do INPI para 2021 parece bastante ambicioso, a análise anterior sugere que as iniciativas, além de viáveis, estão em linha com o avanço das ações para reduzir os atrasos na publicação das decisões de patentes até o momento. Portanto, o plano cria expectativas razoáveis ​​e, com a possível reversão de tempos de revisão historicamente lentos, o Brasil se torna cada vez mais um país atraente para novos investimentos e, consequentemente, para a proteção da propriedade intelectual.

Kene galês

Kene Gallois tem mais de 10 anos de experiência na área de Ciências Biológicas. É graduada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e mestre pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Biologia Celular e Molecular. Iniciou a sua carreira a trabalhar em projectos de investigação em Patologia, Imunologia e Farmacologia e desde 2009 trabalha com patentes nas áreas de Biotecnologia, Farmácia, Química, Agricultura, Alimentação e Cosmética, prestando aconselhamento especializado a clientes.

Kene galês

Guilherme Coutinho possui mais de quatro anos de experiência em processamento de patentes na área de Química e Ciências da Vida. Graduado em Química Industrial pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), se especializou em Processamento, Gestão e Meio Ambiente no Setor de Petróleo e Gás Natural e concluiu o Mestrado em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos.

You May Also Like

About the Author: Adriana Costa

"Estudioso incurável da TV. Solucionador profissional de problemas. Desbravador de bacon. Não foi possível digitar com luvas de boxe."

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *