O suposto aumento de participação em uma funerária em Belo Horizonte, Minas Gerais, levou a uma investigação do estado sobre 20 mortes que podem ter sido causadas pelo novo coronavírus.
A investigação começou após um relatório policial de um agente funerário, que afirmou ter recebido, desde sexta-feira passada (20), 73 corpos da região metropolitana da capital mineira, dos quais 23 tiveram insuficiência respiratória como causa de morte. morte pneumonia por aspiração aguda e pneumonia crônica: sintomas associados ao coronavírus.
Segundo a denúncia, o funcionário afirma que, em 30 anos de profissão, ele nunca teria visto tantas mortes em um período tão curto de tempo. Segundo ele, a maioria das mortes são de pessoas entre 50 e 90 anos. As mortes seriam de pacientes de Belo Horizonte, Matozinhos, Contagem, Betim, Sete Lagoas e um caso do Hospital Militar de Belo Horizonte.
De acordo com o boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais, publicado nesta segunda-feira à tarde (23), existem 128 casos confirmados da doença. Entre eles, um em Betim.
No entanto, o Conselho da Cidade informou em comunicado que 214 casos, 16 resultados negativos e dois casos confirmados estão sendo investigados. Um homem de 35 anos e um de 26 anos que retornaram da Europa em 16 de março. Eles foram vistos em um hospital particular em Belo Horizonte e estão isolados em casa desde que voltaram ao país.
Em entrevista coletiva na segunda-feira à tarde (23), o governador Romeu Zema (Novo) negou que o estado já tenha registrado mortes devido ao novo coronavírus. Ao lado dele, o secretário de saúde, Carlos Eduardo Amaral, acrescentou que o governo local acompanha de perto todos os casos graves e investiga as alegadas mortes.
“A vigilância sanitária de Minas Gerais mantém contato próximo com a comunidade médica e todos os casos são rastreados e acompanhados, especialmente os casos graves encontrados na UTI, que são acompanhados para determinar se há ou não é um coronavírus “, disse ele.
Dependendo da funerária envolvida no caso, todas as chamadas da sua unidade estão dentro dos limites normais. O número de visitas aumentou nos últimos dias, mas nada que possa ser considerado significativo, estando dentro da regularidade para essa época do ano. Até o momento, a empresa não recebeu um relatório de nenhum caso confirmado de Covid-19 de hospitais. A empresa também alega que não é responsável pela emissão de atestados de óbito. Portanto, não pode atestar a causa da morte dos serviços prestados “, reforça a nota.
De acordo com as informações obtidas pelo Jornal de Brasília, o boletim de ocorrência teria sido removido do sistema logo após o impacto, e o servidor que o publicou seria obrigado a tirar férias.
O que a polícia diz
Em áudio, o porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, major Flávio Santiago, disse que o relatório da polícia não faz nenhum julgamento de valor. “Ele relata situações relatadas por um denunciante”, afirmou o major.
Segundo Santiago, a denúncia foi encaminhada à Polícia Civil para investigação. Ele ainda afirma que as informações de que um dos corpos foi enviado para a funerária pelo Hospital da Polícia Militar (HPM) não são aplicáveis. “Há evidências de informações falsas”, disse ele, alertando que não pode haver pânico com um caso que ainda está sob investigação.
Em uma declaração feita pela Polícia Civil de Minas Gerais, a declaração de morte feita neste período de pandemia tem, como regra geral, “causa indeterminada neste momento: a pandemia está em vigor pela Covid19”, se não for possível determinar a causa apenas da morte. por exame externo.
A corporação também declarou que mudará o procedimento para “causa indeterminada” nos casos referidos.