O surto de casos de Covid-19 entre atletas (16 pessoas) e membros da comissão técnica e dirigentes (11 pessoas) do Flamengo expôs um plano que levou a uma espécie de quebra de protocolo a caminho do Equador, onde a equipe jogou duas Jogos da Libertadores.
Fontes do clube admitem que a decisão de permanecer oito dias no país acabou abrindo as portas para uma contaminação maciça entre a delegação. O que pode não acontecer neste nível se houver um retorno ao Rio entre os jogos.
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O Flamengo viajou na última terça-feira e enfrentou o Independiente Del Valle na quinta-feira, em Quito. Depois ficou no Equador, mas foi para Guayaquil.
Teria havido um relaxamento natural nos cuidados que ocorreram no Ninho do Urubu. Os atletas geralmente se reuniam para refeições e até jogos para passar o tempo concentrado.
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Mas, segundo as informações, eles não se movimentaram livremente no saguão do hotel ou na área de entretenimento. Saíram das salas para vídeos e treinamentos, além das refeições.
Mas ainda havia multidões involuntárias. Para assistir aos treinamentos, a delegação se deslocou a dois Centros de Treinamento distintos, além de dois estádios, hotéis e ônibus.
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Sem contar em voos de ida e volta, de algumas horas, entre países. Além da delegação de futebol, o Flamengo enviou líderes de várias carteiras em vôo fretado para assistir aos jogos.
A alta cimeira não estava intimamente relacionada com os membros do futebol, mas frequentava os mesmos ambientes. Tanto no hotel como no estádio. Não foi por acaso que houve contaminação do presidente Rodolfo Landim e do vice-presidente de Relações Exteriores, Luiz Eduardo Baptista, entre outros.
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O clube também lançou uma operação para trazer quatro jovens ao país para reforçar o elenco no segundo jogo, e levou os contaminados de volta ao Brasil em outro avião.
Quem jogou contra o Barcelona voltou em outro plano, com toda a placa. Mas, durante as cinco horas de vôo, outros atletas já apresentavam sintomas leves. Mesmo que eles não tenham testado positivo ainda.
A logística do Flamengo é sempre debatida entre o vice de futebol, o diretor, o fiscal, e há consenso entre todos.