Quem trabalha (e até joga) usando um computador provavelmente terá a ajuda de um mouse. Esta invenção da década de 1940, que inseriu dados de radar de controle de tiro para a Marinha Britânica, evoluiu até o ponto em que precisa apenas de uma luz para funcionar. É o mouse óptico, tão presente em nossas vidas.
Os primeiros protótipos do que se tornaria um mouse são da década de 1960, mas o dispositivo se tornou mais comum com a popularização de PCs. O conceito usava uma bola que girava os sensores, refletida no movimento do cursor na tela.
Até o final dos anos 90, a Microsoft lançou o IntelliMouse, creditado como o primeiro mouse óptico do mercado. A novidade é que o famoso baile cedeu de uma vez por todas a um sistema que usava a luz para se guiar e esse é o padrão hoje.
O mouse óptico que você possui no seu computador nada mais é do que uma câmera. Não, você não leu errado: seu princípio básico de operação é semelhante ao de uma câmera digital.
Os mouses mais simples têm um LED na parte inferior; em alguns modelos mais avançados, pode ser um Ser estar. É usado para iluminar a superfície sob o mouse e aciona um sensor optoeletrônico que grava centenas de imagens por segundo.
Essas pequenas fotos são enviadas para um dispositivo chamado DSP (Digital Signal Processor), que compara cada imagem com a anterior e calcula o deslocamento do mouse, determinando os componentes verticais e horizontais desse movimento.
Essas informações são enviadas ao computador, por meio de uma conexão USB ou Bluetooth, onde são refletidas movendo o cursor na tela.
Por que o mouse óptico é melhor que o mouse mecânico?
Um dos principais motivos diz respeito à manutenção. Nos ratos “bola” antigos, era necessária manutenção periódica, limpando a bola e as outras partes mecânicas, que não funcionavam corretamente quando havia poeira nelas. Além disso, como possui partes móveis sujeitas a danos, a vida útil dos ratos antigos era mais curta.
Outro ponto a favor dos mouses ópticos é a precisão, uma vez que a “câmera” usada para detectar o movimento desses dispositivos tem uma resolução mais alta que os sensores mecânicos dos modelos antigos.
Por que os mouses ópticos são mais precisos que os outros?
Isso tem a ver com a resolução da “câmera” usada no dispositivo. Com melhores sensores, também aumenta a capacidade de detectar pontos por polegada (o famoso “dpi”).
O tipo de tecnologia usada para iluminar superfícies também influencia esse aspecto. Os ratos que usam lasers são geralmente mais precisos. No geral, os periféricos mais comuns e populares podem detectar 3.000 dpi. Modelos mais avançados, com sensor e iluminação a laser melhores, detectam 15.000 dpi ou mais.
Um mouse óptico funciona em qualquer superfície?
No caso de modelos que usam LEDs, não. Isso ocorre porque eles podem detectar padrões de imagem (e rastrear o movimento) apenas na superfície em que são colocados, o que significa que eles não funcionam corretamente quando usados em superfícies muito brilhantes, ásperas ou mesmo de vidro.
Os usuários de laser não têm esse problema porque esse tipo de iluminação pode penetrar logo abaixo da superfície, permitindo que mais detalhes sejam capturados.
A luz emitida pelo mouse óptico pode causar danos à saúde?
Não. Ambos os modelos que usam LEDs e lasers são completamente inofensivos. No primeiro caso, a luz emitida não é intensa e isso significa que não há risco de danos à pele ou aos olhos. Nos modelos a laser, o tipo de luz é Classe 1, sem intensidade para causar danos.
Fontes:
Marcelo Parada, professor do Departamento de Engenharia Elétrica da FEI.
Carlos Fernando Teodósio, coordenador do curso de Engenharia Eletrônica e de Computadores da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Poli-UFRJ)
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