Desmatamento da Amazônia no Brasil bate recorde no primeiro trimestre, apesar da queda em março

Desmatamento da Amazônia no Brasil bate recorde no primeiro trimestre, apesar da queda em março

8 Abr (Reuters) – O desmatamento na floresta amazônica brasileira caiu 15% em março em relação ao ano anterior, mostraram dados preliminares do governo nesta sexta-feira, mas mesmo essa queda foi suficiente para causar a maior destruição durante o primeiro trimestre em pelo menos seis anos. .

De janeiro a março, o desmatamento na Amazônia brasileira aumentou 64% em relação ao ano anterior, para 941 quilômetros quadrados, mostraram dados da agência nacional de pesquisa espacial Inpe. Essa área, maior que a cidade de Nova York, perdeu a maior cobertura florestal no período desde o início da série de dados em 2015/2016.

A destruição da maior floresta tropical do mundo aumentou desde que o presidente Jair Bolsonaro assumiu o cargo em 2019 e enfraqueceu as proteções ambientais, argumentando que elas prejudicam o desenvolvimento econômico que poderia reduzir a pobreza na região amazônica.

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O gabinete do presidente e o Ministério do Meio Ambiente não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

Um relatório do painel climático da ONU alertou na segunda-feira que os governos não estão fazendo o suficiente para controlar as emissões de gases de efeito estufa para evitar os piores efeitos do aquecimento global. leia mais Embora o uso de combustíveis fósseis seja o principal culpado, o desmatamento é responsável por cerca de 10% das emissões globais, segundo o relatório. ler mais

“O Brasil é um exemplo do que diz o relatório climático da ONU quando se trata de governos que não tomam as medidas necessárias”, disse Cristiane Mazzetti, ativista florestal no Brasil do grupo ambientalista Greenpeace.

“Temos um governo que está deliberadamente indo contra as medidas necessárias para limitar as mudanças climáticas.”

Alguns cientistas preveem que o desmatamento continuará aumentando antes da eleição presidencial de outubro no Brasil, como aconteceu antes das três últimas eleições.

A aplicação da lei ambiental normalmente enfraquece em anos eleitorais e os criminosos podem correr para desmatar antes que um novo governo tome posse, de acordo com Carlos Souza Jr, pesquisador do instituto Imazon.

Uma pesquisa na quinta-feira mostrou que o ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, cujo governo reduziu o desmatamento nos anos 2000, ganharia 45% dos votos contra 31% de Bolsonaro no primeiro turno das eleições. ler mais

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Reportagem de Jake Spring Edição de Brad Haynes e Bill Berkrot

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