Departamento do WGS organiza evento sobre ativismo de não conformidade de gênero no Brasil | Notícia

Departamento do WGS organiza evento sobre ativismo de não conformidade de gênero no Brasil |  Notícia

O Departamento de Estudos da Mulher, Gênero e Sexualidade de Harvard organizou um evento virtual sobre diversidade de gênero e direitos das minorias no Brasil na quinta-feira.

O evento, intitulado “Ativismo não conforme de gênero no Brasil”, contou com a presença de Álvaro Jarrín, professor associado de estudos sobre mulheres, gênero e sexualidade do Colégio de la Santa Cruz, e Moises Lino e Silva, professor Associado de Antropologia do Universidade Federal. da Bahia.

A discussão foi moderada por Robert F. Reid-Pharr, presidente do Harvard WGS Department.

Jarrín disse que o gênero desempenhou um papel importante na eleição do presidente brasileiro Jair Bolsonaro em 2018.

“[Bolsonaro] brincar com esse tipo de medo de gênero. Ele se esforçou para deixar as pessoas com medo da diversidade de gênero e qualquer coisa associada à queeridade de maneiras que se encaixassem em sua base política”, disseram eles. “Bolsonaro usou o que as pessoas chamam de ‘política de desgosto’ ou ‘política de ódio’.”

Jarrín disse que Bolsonaro adotou uma abordagem homofóbica que o ajudou politicamente entre os eleitores cristãos. Jarrín encerrou sua parte do painel discutindo “artivismo”, ou a prática de usar obras de arte e artes cênicas como método para promover os direitos e a igualdade das pessoas trans.

Lino e Silva, que falou em segundo lugar, falou sobre seu livro, “Minority Liberalism: A Travestite Life in a Brazilian Favela”, que saiu este mês. O livro explora sua experiência vivendo em uma favela no Rio de Janeiro.

“As favelas estão ligadas a movimentos políticos de longo prazo e ideias de autonomia e resistência ao Estado”, disse.

Lino e Silva disse que seu tempo na favela mudou sua perspectiva sobre o liberalismo.

“O liberalismo, como ideologia, como objetivo político ou como teoria, tem uma história profunda no pensamento filosófico europeu e nos acontecimentos políticos europeus”, disse Lino e Silva. “Então, há uma maneira de pensar o liberalismo que vem do colonialismo. E a maneira como o liberalismo opera, segue um esquema normativo de prescrever certas liberdades que as pessoas deveriam ter.”

“O que foi interessante para mim foi desafiar a própria ideia, fundamento e estabilidade do liberalismo como o conhecemos para incluir outras formas de ser livre e outras formas de ter liberdade”, acrescentou.

O evento foi encerrado com uma breve sessão de perguntas e respostas durante a qual os palestrantes discutiram as próximas eleições presidenciais brasileiras, marcadas para outubro. Bolsonaro, um populista de direita que serviu como presidente do Brasil nos últimos quatro anos, enfrentará vários rivais, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva, ex-líder sindical que ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores Brasileiros, de esquerda.

“Será uma campanha difícil. As duas únicas opções viáveis, os dois únicos candidatos, são Lula e Bolsonaro”, disse Jarrín. “Esperamos que Lula seja eleito e que Bolsonaro não seja reeleito. Seria trágico porque [Bolsonaro] Tem sido terrível, não só para os direitos LGBT, mas também para os direitos ambientais, direitos das mulheres; seja lá o que você focar, ele não tem sido bom.”

— Equipe de redação Darley AC Boit pode ser contatada em [email protected].

You May Also Like

About the Author: Adriana Costa

"Estudioso incurável da TV. Solucionador profissional de problemas. Desbravador de bacon. Não foi possível digitar com luvas de boxe."

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *