Seguro e eficiente, o Atlético conseguiu anular o River Plate durante boa parte dos 90 minutos e esteve perto da vitória, mas o golo sofrido aos 45 minutos caiu como um balde de água fria. No entanto, o desempenho mostra que o furacão está no caminho certo.
Antes de a bola rolar, a maioria dos fãs aprovaria o empate. Até pela paisagem. Huracán, vice-campeão do Brasileirão até hoje, enfrentou o atual vice-campeão da Libertadores e um dos grandes treinadores da atualidade, Marcelo Gallardo.
Mais longe, O Atlético acumulou 12 ausências, oito delas devido à Covid-19. Paulo Autuori não tinha Santos, Jandrei, Abner, Christian, Nikão … Com isso, o técnico teve que subir para o gol Bento, de 21 anos, e João Victor, de 19, na lateral esquerda.
Apesar de tantas baixas, o Atlético manteve um padrão. O time marcou com firmeza, em 4-4-2, e não deixou espaços. O River apostou nas jogadas laterais, principalmente nas costas de Erick, mas não finalizou no gol. Bento teve que fazer apenas uma defesa na fase inicial.
O comandante então trocou Carlos Eduardo e Kayzer por Walter e Bissoli no intervalo. E as mudanças valeram a pena. Após o lance, Walter deixou a bola passar e Bissoli chutou para o escanteio. O furacão terminou apenas cinco vezes no jogo, mas mostrou uma eficiência incrível.
O River Plate, é claro, subiu. O Atlético, porém, venceu por cima – Thiago Heleno teve uma atuação impecável – e conteve os argentinos. A expulsão de Reinaldo (polêmica, principalmente devido ao primeiro amarelo) transformou o jogo em um duelo de ataque contra defesa.
Autuori colocou Felipe Aguilar e Lucho González nos lugares de João Victor e Richard para tentar conter a pressão. Mas Paulo Díaz venceu justamente a camisa 3, que nem pulou após o escanteio, para fazer o empate aos 45 do segundo tempo.
Gol amargo: Atlético segura River Plate até os 45 do segundo tempo – Foto: Staff Images / Conmebol
Se antes do jogo a maioria dos torcedores aprovava o empate, o sabor era amargo. River, é claro, é mais uma equipe. Mas o Atlético adotou uma estratégia perfeita, fechou as vagas, saiu na frente e esteve muito perto da vitória. Mesmo assim, a gravata foi amarga.
O confronto permanece aberto. 0 a 0 da Rio. Um empate por dois ou mais gols (2 a 2, 3 a 3 …) dá ao Atlético. E 1 para 1 leva a penalidades. E quem ganha, é claro, avança. O jogo de volta será na próxima terça-feira, às 19h15, no Estádio Libertadores de América, casa do Independiente, em Avellaneda.
O desafio será grande. O Atlético precisa de uma defesa impecável (como teve até os 45 do segundo tempo) e precisa ser letal na frente. Independentemente do desfecho, porém, a ação contra River mostra que o furacão hoje tem um padrão.
Atletico no primeiro tempo / Atletico no segundo tempo – Foto: ge
mim Apresentações recentes deixam os fãs mais tranquilos para o Brasileirão. A distância até a zona de rebaixamento ainda é pequena, mas se o Furacão mantiver essa evolução, logo elimina qualquer risco do Z-4 e você pode sonhar grande, então, quem sabe, voltar a Liberta em 2021.