COVID-19: Veneno de uma das maiores cobras do Brasil pode ser usado como ferramenta no combate ao coronavírus | Noticias do mundo

O veneno de cobra pode ser usado como uma ferramenta na luta contra o coronavírus, sugere um estudo.

Pesquisadores brasileiros descobriram que uma molécula do veneno de uma espécie de cobra retarda a reprodução da coronavírus em células de macaco.

A descoberta pode ser um possível primeiro passo para a criação de uma droga para combater o vírus que causa COVID-19.

    Pesquisador trabalha com amostra dentro de um laboratório do Instituto de Física da Universidade de São Paulo para estudo em que o instituto afirma ter descoberto uma queda de 75% na produção da doença coronavírus (COVID-19) após a entrada de células contato com veneno de cobra jararacussu, em São Carlos, Brasil, 30 de agosto de 2021. Foto tirada em 30 de agosto de 2021. REUTERS / Carla Carniel
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Pesquisador trabalha com amostra em laboratório do Instituto de Física da Universidade de São Paulo

Os coronavírus são um grande grupo de vírus que causam infecções respiratórias. Isso pode variar de um resfriado comum a doenças mais graves.

COVID-19 é causado por uma nova forma do vírus conhecida como SARS-CoV-2.

O estudo mostrou uma molécula produzida pela víbora jararacussu, uma das maiores cobras da região. Brasil, reduziu a capacidade da doença de se multiplicar em 75%.

Um dos cientistas envolvidos na pesquisa, Rafael Guido, disse: “Pudemos mostrar que esse componente do veneno da cobra era capaz de inibir uma proteína muito importante do vírus.

“É o primeiro passo de uma longa jornada … o processo é muito longo.

“Um componente do veneno mostrado neste estudo é que ele tem potencial de desenvolvimento. É um longo caminho, demos os primeiros passos.”

Uma cobra jararacussu, cujo veneno é usado em um estudo contra a doença coronavírus (COVID-19), é vista no Instituto Butantan em São Paulo, Brasil, em 27 de agosto de 2021. Foto tirada em 27 de agosto de 2021. REUTERS / Carla Carniel
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Uma cobra jararacussu

Publicada na revista científica Molecules, a pesquisa descobriu que o fragmento é um peptídeo ou cadeia de aminoácidos que pode se conectar a uma enzima do coronavírus chamada PLPro.

PLPro é vital para a reprodução do vírus sem danificar outras células.

O jararacussu pode crescer até 2 m (6 pés) de comprimento e é encontrado no Brasil, na Mata Atlântica costeira, na Bolívia, no Paraguai e na Argentina.

Guido acrescentou que os cientistas têm “medo de que as pessoas vão caçar jararacussu por todo o Brasil, pensando que isso vai salvar o mundo ou a si mesmas, suas famílias”.

Ele disse: “Esse não é o caso. Esta é uma descoberta importante? Certamente é, mas perseguir o animal não é a maneira que será resolvida.”

“O componente que foi descoberto é apenas uma fração do interior do veneno, não é o veneno em si que vai curar o coronavírus neste momento.”

Um pesquisador trabalha com uma amostra dentro de um laboratório do Instituto de Física da Universidade de São Paulo para um estudo no qual o instituto afirma ter descoberto uma queda de 75% na produção da doença coronavírus (COVID-19) depois do chegada das células.  em contato com o veneno da cobra jararacussu, em São Carlos, Brasil, 30 de agosto de 2021. Foto tirada em 30 de agosto de 2021. REUTERS / Carla Carniel
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O estudo mostrou que uma molécula produzida pela víbora jararacussu reduziu a capacidade da doença de se multiplicar em 75%.

A seguir, os pesquisadores vão avaliar a eficiência de diferentes doses da molécula e se ela pode impedir que o vírus entre nas células em primeiro lugar, segundo nota da Universidade Estadual Paulista (Unesp), também envolvida no pesquisar.

Eles esperam testar a substância em células humanas, mas não deram prazo.

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